9 de outubro de 2017

O deserto é necessário

 

Quão difícil é para alguém que tem o chamado missionário e depois ter que experimentar todas as contradições da cultura, do ambiente, da alimentação, no campo de trabalho para onde foi, longe de casa. Melhor seria se fosse ter experimentado os seus amargos momentos com antecipação. Que tivesse já sofrido o que poderia sofrer quando estivesse longe. 
Paulo sofreu, antes, nos desertos da Arábia. Quando de partida para o trabalho missionário, ele já estava calejado. Os lugares por onde passou já não foram tão crueis.  
Veja como é importante essa questão dos desertos. São difíceis. Porém necessários.

O deserto realça o sabor do que é bom. O deserto afina a alma tornando-a leve. O deserto tira as cascas. O deserto faz tremer para temer. O deserto arranca orações sentidas. O deserto faz louvar. O deserto ensina o que é fome e o que é sede. O deserto valoriza o pouco que se pode ter. O deserto valoriza as poucas sementes. O deserto valoriza todos os centavos. O deserto despe do egoísmo, da arrogância, da prepotência. O deserto aplaina a exaltação humana e o que é humano torna humilde. O deserto tira a pressa do apressado e põe passos lentos e confiantes. O deserto tira a força do apressado e fá-lo andar calma e perseverantemente. O deserto cria bons costumes, como: subir o monte da oração, sofrer o calor da perseguição, enfrentar o frio da indiferença e rejeição (Isac). 

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