29 de janeiro de 2010

O HOMENZINHO DA RUA GEORGE

Alguma vez você já se perguntou o que resulta da distribuição de folhetos? O relato abaixo, do pastor Dave Smethurst, de Londres, responde essa pergunta:

“É uma história extraordinária a que eu vou contar. Tudo começou há alguns anos em uma Igreja Batista que se reúne no Palácio de Cristal ao Sul de Londres. Estávamos chegando ao final do culto dominical quando um homem se levantou em uma das últimas fileiras de bancos, ergueu sua mão e perguntou: “Pastor, desculpe-me, mas será que eu poderia dar um rápido testemunho?” Olhei para meu relógio e concordei, dizendo: “Você tem três minutos!” O homem logo começou com sua história:

“Mudei-me para cá há pouco tempo. Eu vivia em Sydney, na Austrália. Há alguns meses estive lá visitando alguns parentes e fui passear na rua George. Ela se estende do bairro comercial de Sydney até a área residencial chamada Rock. Um homem baixinho, de aparência um pouco estranha, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja, entregou-me um folheto e perguntou: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje à noite, o senhor irá para o céu?’ – Fiquei perplexo com essas palavras, pois jamais alguém havia me perguntado uma coisa dessas. Agradeci polidamente pelo folheto, mas na viagem de volta para Londres eu me sentia bastante confuso com o episódio. Entrei em contato com um amigo que, graças a Deus, é cristão, e ele me conduziu a Cristo”.

Todos aplaudiram suas palavras e deram-lhe as boas-vindas, pois os batistas gostam de testemunhos desse tipo.

Uma semana depois, voei para Adelaide, no Sul da Austrália. Durante meus três dias de palestras em uma igreja batista local, uma mulher veio se aconselhar comigo. A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre sua posição em relação a Jesus Cristo. Ela respondeu:

“Morei em Sydney por algum tempo, e há alguns meses voltei lá para visitar amigos. Estava na rua George fazendo compras quando um homenzinho de aparência curiosa, de cabelos brancos, saiu da entrada de uma loja e veio em minha direção, ofereceu-me um folheto e disse: ‘Desculpe, mas a senhora já é salva? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Essas palavras me deixaram inquieta. De volta a Adelaide, procurei por um pastor de uma igreja batista que ficava perto de minha casa. Depois de conversarmos, ele me conduziu a Cristo. Assim, posso lhe dizer que agora sou crente".

Eu estava ficando muito admirado. Duas vezes, no prazo de apenas duas semanas, e em lugares tão distantes, eu ouvira o mesmo testemunho. Viajei para mais uma série de palestras na Mount Pleasant Church em Perth, no Oeste da Austrália. Quando concluí meu trabalho na cidade, um ancião da igreja me convidou para almoçar. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele tinha se tornado cristão. Ele explicou:

“Aos quinze anos vim a esta igreja, mas não tinha um relacionamento real com Jesus. Eu simplesmente participava das atividades, como todo mundo. Devido à minha capacidade para negócios e meu sucesso financeiro, minha influência na igreja foi aumentando. Há três anos fiz uma viagem de negócios a Sydney. Um homem pequeno, de aparência estranha, saiu da entrada de uma loja e me entregou um panfleto religioso – propaganda barata – e me fez a pergunta: ‘Desculpe, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, o senhor vai para o céu?’ – Tentei explicar-lhe que eu era ancião de uma igreja batista, mas ele nem quis me ouvir. Durante todo o caminho de volta para casa, de Sydney a Perth, eu fervia de raiva. Esperando contar com a simpatia do meu pastor, contei-lhe a estranha história. Mas ele não concordou comigo de forma alguma. Há anos ele vinha me incomodando e dizendo que eu não tinha um relacionamento pessoal com Jesus, e tinha razão. Foi assim que, há três anos, meu pastor me conduziu a Cristo”.

Voei de volta para Londres e logo depois falei na Assembléia Keswick no Lake-District. Lá relatei esses três testemunhos singulares. No final da série de conferências, quatro pastores idosos vieram à frente e contaram que eles também foram salvos, há 25-30 anos atrás, pela mesma pergunta e por um folheto entregue na rua George em Sydney, na Austrália.

Na semana seguinte viajei para uma igreja semelhante à de Keswick e falei a missionários no Caribe. Também lá contei os mesmos testemunhos. No final da minha palestra, três missionários vieram à frente e explicaram que há 15-25 anos atrás eles igualmente haviam sido salvos pela pergunta e pelo folheto do homenzinho da rua George na distante Austrália.

Minha próxima série de palestras me conduziu a Atlanta, na Geórgia (EUA). Fui até lá para falar num encontro de capelães da Marinha. Por três dias fiz palestras a mais de mil capelães de navios. No final, o capelão-mor me convidou para uma refeição. Aproveitando a oportunidade, perguntei como ele havia se tornado cristão.

“Foi um milagre. Eu era marinheiro em um navio de guerra no Pacífico Sul e vivia uma vida desprezível. Fazíamos manobras de treinamento naquela região e renovávamos nossos estoques de suprimentos no porto de Sydney. Ficamos totalmente largados. Em certa ocasião eu estava completamente embriagado e peguei o ônibus errado. Desci na rua George. Ao saltar do ônibus pensei que estava vendo um fantasma quando um homem apareceu na minha frente com um folheto na mão e perguntando: ‘Marinheiro, você está salvo? Se morrer hoje à noite, você vai para o céu?’ – O temor de Deus tomou conta de mim imediatamente. Fiquei sóbrio de repente, corri de volta para o navio e fui procurar o capelão. Ele me levou a Cristo. Com sua orientação, logo comecei a me preparar para o ministério. Hoje tenho a responsabilidade sobre mais de mil capelães da Marinha, que procuram ganhar almas para Cristo”.

Seis meses depois, viajei a uma conferência reunindo mais de cinco mil missionários no Nordeste da Índia. No final, o diretor da missão me levou para comer uma refeição simples em sua humilde e pequena casa. Também perguntei a ele como tinha deixado de ser hindu para tornar-se cristão.

“Cresci numa posição muito privilegiada. Viajei pelo mundo como representante diplomático da Índia. Sou muito feliz pelo perdão dos meus pecados, lavados pelo sangue de Cristo. Ficaria muito envergonhado se descobrissem tudo o que aprontei naquela época. Por um tempo, o serviço diplomático me conduziu a Sydney. Lá fiz algumas compras e estava levando pacotes com brinquedos e roupas para meus filhos. Eu descia a rua George quando um senhor bem-educado, grisalho e baixinho chegou perto de mim, entregou-me um folheto e me fez uma pergunta muito pessoal: ‘Desculpe-me, mas o senhor é salvo? Se morrer hoje, vai para o céu?’ – Agradeci na hora, mas fiquei remoendo esse assunto dentro de mim. De volta a minha cidade, fui procurar um sacerdote hindu. Ele não conseguiu me ajudar mas me aconselhou a satisfazer minha curiosidade junto a um missionário na Missão que ficava no fim da rua. Foi um bom conselho, pois nesse dia o missionário me conduziu a Cristo. Larguei o hinduísmo imediatamente e comecei a me preparar para o trabalho missionário. Saí do serviço diplomático e hoje, pela graça de Deus, tenho responsabilidade sobre todos esses missionários, que juntos já conduziram mais de 100.000 pessoas a Cristo”.

Oito meses depois, fui pregar em Sydney. Perguntei ao pastor batista que me convidara se ele conhecia um homem pequeno, de cabelos brancos, que costumava distribuir folhetos na rua George. Ele confirmou: “Sim, eu o conheço, seu nome é Mr. Genor, mas não creio que ele ainda faça esse trabalho, pois já está bem velho e fraco”. Dois dias depois fomos procurar por ele em sua pequena moradia. Batemos na porta, e um homenzinho pequeno, frágil e muito idoso nos saudou. Mr. Genor pediu que entrássemos e preparou um chá para nós. Ele estava tão debilitado e suas mãos tremiam tanto que continuamente derramava chá no pires. Contei-lhe todos os testemunhos que ouvira a seu respeito nos últimos três anos. As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e então ele nos relatou sua história:

“Eu era marinheiro em um navio de guerra australiano. Vivia uma vida condenável. Durante uma crise entrei em colapso. Um dos meus colegas marinheiros, que eu havia incomodado muito, não me deixou sozinho nessa hora e ajudou a me levantar. Conduziu-me a Cristo, e minha vida mudou radicalmente de um dia para outro. Fiquei tão grato a Deus que prometi dar um testemunho simples de Jesus a pelo menos dez pessoas por dia. Quando Deus restaurou minhas forças, comecei a colocar meu plano em prática. Muitas vezes ficava doente e não conseguia cumprir minha promessa, mas assim que eu melhorava recuperava o tempo perdido. Depois que me aposentei, escolhi para meu propósito um lugar na rua George, onde centenas de pessoas cruzavam meu caminho diariamente. Algumas vezes as pessoas rejeitavam minha oferta, mas também havia as que recebiam meus folhetos com educação. Há quarenta anos faço isso, mas até o dia de hoje não tinha ouvido falar de ninguém que tivesse se voltado para Jesus através do meu trabalho”.

Aqui vemos o que é verdadeira dedicação: demonstrar amor e gratidão a Jesus por quarenta anos sem saber de qualquer resultado positivo. Esse homem simples, pequeno e sem dons especiais deu testemunho de sua fé para mais de 150.000 pessoas. Penso que os frutos do trabalho de Mr. Genor que Deus mostrou ao pastor londrino sejam apenas uma fração da ponta do iceberg.

Só Deus sabe quantas pessoas mais foram ganhas para Cristo através desses folhetos e das palavras desse homem. Mr. Genor, que realizou um enorme trabalho nos campos missionários, faleceu duas semanas depois de nossa visita. Você pode imaginar o galardão que o esperava no céu? Duvido que sua foto tenha aparecido alguma vez em alguma revista cristã. Também duvido que alguém tenha visto uma reportagem ilustrada a seu respeito. Ninguém, a não ser um pequeno grupo de batistas de Sydney, conhecia Mr. Genor, mas eu asseguro que no céu seu nome é muito conhecido. O céu conhece Mr. Genor, e podemos imaginar vividamente a maravilhosa recepção que ele teve quando entrou por suas portas. (extraído de Worldmissions – redação final: Werner Gitt)

Vale a Pena!

“Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).

Existem muitas organizações que trabalham com literatura cristã. Inúmeros irmãos fazem uso de folhetos, livros, fitas e revistas para divulgar o Evangelho, mas geralmente não vêem o resultado de suas atividades missionárias. Isso pode causar desânimo, e certamente muitos distribuidores de folhetos já se perguntaram: “Será que vale a pena?”

Com freqüência ficamos sabendo de pessoas que se converteram através de um folheto ou de um livro, ou que foram fortalecidas na fé por meio da literatura. Mesmo que jamais saibamos dos resultados de nossa semeadura, eles são prometidos pelo Senhor (veja Is 55.11). Além disso, um obreiro na “seara do Senhor” não é avaliado pelo número de pessoas que se convertem pelo seu trabalho mas por sua fidelidade no trabalho cristão. Também devemos ter sempre em mente que nós não convertemos ninguém. Só Deus é que pode tocar os corações, despertar as consciências e, pelo Espírito Santo, conduzir uma pessoa à fé em Jesus Cristo. O exemplo citado mostra que Ele faz isso em nossos dias e que pode agir através de muito ou de pouco. Que este testemunho anime os distribuidores de folhetos a continuarem semeando com perseverança a boa semente, que certamente dará frutos a seu tempo.

(Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br).

22 de janeiro de 2010

NO ANO EM QUE NADA ACONTECEU

Na Escócia havia um pastor já avançado em idade, que por muitos anos serviu em uma igreja, com dedicação e fidelidade. Um dia, estando assentado em seu quarto, repentinamente começou a chorar e a soluçar. Sua esposa, que estava na cozinha, ouvindo a tristeza de seu esposo, entrou no quarto e ali viu-o com o rosto entre as mãos. “Por que choras, querido?”, perguntou ela preocupada. “Quero servir a Deus, mas não posso, como no tempo em que eu era novo. Sinto que os irmãos não estão satisfeitos comigo. Um deles disse-me ontem que durante o ano que passou nada de extraordinário havia acontecido na igreja”.

Sua esposa o consolou. Enxugando as lágrimas, saiu para o jardim para respirar melhor. Lá sobreveio-lhe outra vez a grande tristeza. No ano passado nada aconteceu. Sentou-se num banco e chorou de novo.

Momentos depois percebeu que um menino, de uns 10 anos de idade, entrara no jardim. Aproximando-se, viu o seu pastor com o rosto muito abatido. “Por que choras, pastor?”, perguntou ele. Aquele velho pastor o olhou e se achegou para junto do menino. Disse: “Roberto, eu choro porque quero servir a Deus e não posso mais. Se acabaram as minhas forças. E no ano que passou nada aconteceu na igreja”. “Meu pastor, eu me entreguei a Jesus no ano passado!” O rosto do pastor se iluminou por alguns minutos. Acariciou a cabeça daquele menino e disse: “É verdade, sim, Roberto; você se entregou, havia me esquecido. Viva sempre para Jesus!”

Correu para casa, aquele pobre menino. A tristeza havia quebrantado aquele pastor, e um tempo não longo, depois desse acontecimento, ele passou a estar com o Senhor em Suas mansões eternas.

Aquele dia foi um dia todo especial, o dia em que os restos mortais do pastor foi colocado na tumba. Muitas flores, lágrimas e palavras de despedida. Quando o povo se dispersou, algumas pessoas ainda viram chegar até à sepultura o Roberto. Ele estava vestido com roupas pobres, estava descalço. Trazia uma pequena flor que a depositou sobre a lápide e disse chorando: “Meu querido pastor, diga a Jesus que se nada aconteceu, pelo menos o Roberto foi salvo”.

Quem era aquele menino? Robert Moffat! O grande missionário e pregador que serviu a Deus como pioneiro no grande continente africano, onde muitas almas levou aos pés do amado Jesus!

Nada aconteceu no ano passado? Será verdade? Enganamo-nos em nossos próprios pensamentos. Deus trará à luz coisas que nasceram em tempos quando muitos pensaram não ter acontecido nada de especial.
(Revista Boas Novas - Porto Alegre)

Quem era ele

Robert Moffat (21 de Dezembro de 1795 a 9 de Agosto de 1883)

Presbiteriano
Robert Moffat foi um missionário congregacionalista escocês na África.
Em 1795 Robert Moffat nasceu em Ormiston, Escócia. Ele veio a ser um famoso missionário presbiteriano na África do Sul. Convertido aos 17 anos, logo ele se mostrou interessado em missões. Em 1816 a the London Missionary Society relutantemente enviou-o para Cidade do Cabo, África do Sul, crendo que ele estava impreparado para a missão. Quatro anos mais tarde, ele casou com Mary Smith, que veio de Londres. O casal estabeleceu-se em Kuruman em Bechuanaland em 1825, onde eles estabeleceram o seu quartel-general durante próximos 45 anos de trabalho missionário. Eles retornaram a Inglaterra em 1839-43, promovendo a causa de missões na África. Moffat inspirou David Livingstone (1813-73) a ir. Em 1845 Livingstone casou com Mary, filha de Moffat. Moffat e a sua esposa serviram como missionários até que faltando-lhe a saúde, se viram forçados a retirarem-se do seu campo missionário em 1870. Enquanto esteve no campo missionáro, Moffat traduziu a Bíblia em Sechvana (uma das línguas autóctones). Ele também é autor dum livro de hinos e publicou dois livros de ensino para uso missionário na África do Sul.
(http://no-caminhodejesus.blogspot.com/2009/12/estes-andaram-no-caminho-ele-deu-um.html)

15 de janeiro de 2010

EM ÁGUAS HOLANDESAS

A história do dilúvio da Bíblia (Gênesis 6–9) foi trazida à luz dos tempos modernos pelo criacionista holandês Johan Huibers. Inspirado por um trágico sonho, segundo o qual seu país seria atingido por uma inundação, Huibers resolveu criar uma réplica da barca de Noé. Sua criação virou atração turística e cultural na Holanda e tem chamado a atenção de pessoas de todas as partes do planeta, dos mais diferentes credos. Tanto sucesso e repercussão ainda não foram suficientes para o holandês. Ele quer que o mundo conheça essa história e reflita sobre a generosidade de Deus. Assim, ele vem se dedicando à construção de outra versão da barca, desta vez do tamanho da original descrita na Bíblia Sagrada, que deverá ser apresentada para o mundo em 2012. “Nós queremos espalhar a Palavra de Deus e a história de Noé mundo afora”, revela Huibers.

Concluída em abril de 2007, a primeira réplica foi projetada com a metade das dimensões da embarcação dos tempos bíblicos. São 70 metros de comprimento e 13 metros de altura, o equivalente a um prédio de quatro andares. A estrutura levou quase dois anos para ficar pronta e foi erguida com cedro e pinho, exatamente os mesmos materiais utilizados por Noé.

A bordo da barca podem permanecer até 900 pessoas, além das 100 réplicas de animais em tamanho natural, como girafas, crocodilos, leões, zebras, entre outras espécies. No seu interior, os visitantes são guiados através de pegadas de elefantes. A lém do sensacional passeio, o visitante pode assistir a filmes bíblicos e participar de uma simulação de inundação. Sem dúvida, uma verdadeira viagem no tempo.

Desde que foi inaugurada, a barca recebeu mais de 350 mil visitantes e passou por 12 cidades holandesas. Por onde atraca, causa um impacto significativo entre os mais diferentes públicos. “Somos visitados por gente de todo os tipos e idades. Pessoas de igrejas tradicionais, judeus, mulçumanos e também ateus. Todos interessados pela história da barca. Recebemos pessoas do mundo inteiro, inclusive do Brasil”, relata Huibers.

Volta ao mundo

A segunda barca de Noé está sendo construída com a ajuda de sua família, no porto da cidade de Dordrecht. Com o dobro do tamanho da anterior, terá as mesmas dimensões da embarcação original da Bíblia: 140 m de comprimento, 25 m de largura e 20 m de altura. A previsão é concluir o novo empreendimento em 2012.
Quando pronta, a chamada “Grande Barca”, que hospedará mais animais e até trenzinho para levar os visitantes, excursionará pelo mundo. Primeiro, será apresentada ao público da Inglaterra e do resto da Europa. Depois, atravessará o oceano rumo aos Estados Unidos e demais países da América, com parada prevista em águas brasileiras.

Simultaneamente, a primeira barca, projetada no tamanho máximo para navegar pelos canais das cidades holandesas, continuará em viagem pela Holanda e também pela vizinha Alemanha. Conheça mais sobre o projeto holandês pelo site: http://www.arkvannoach.com.

(Revista A bíblia no Brasil 225)

EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS DO DILÚVIO

A Bíblia Sagrada relata a história do Dilúvio (Gn 7 e 8). Há vários relatos indicando a presença de um grande barco na região de Ararate, onde pousou a arca de Noé (Gn 8.4). Em 1954 o explorador americano John Liibi reportou que, em sua expedição a um dos montes de Ararate, entre a Rússia e a Turquia, ficou a menos de 60 metros da arca. Em 1917 um piloto russo, ao sobrevoar a região, confirmara a presença de uma descomunal embarcação, no mesmo lugar onde John Liibi chegaria décadas depois. As águas que, original-mente, encontravam-se na chamada expansão aérea (Gn 1.7), formavam um escudo aerotelúrico, impediam a ação dos raios cósmicos sobre a Terra, possibilitando um perfeito sistema ecológico. Sob tal atmosfera, era possível uma qua-lidade de vida muito superior a de hoje. No Dilúvio, porém, foi destruído esse escudo aerotelúrico, e toda a água que o formava abateu-se sobre a terra, ajudando a provocar o Dilúvio.

A história do Dilúvio, principalmente se for contada pela Bíblia, não passa de uma lenda para o cético. A história do Dilúvio e outras histórias bíblicas, principalmente as da Cria-ção, são tidas como contos ingênuos, sem “comprovação” científica para muitos.

Por que não dar crédito ao que é narrado na Palavra de Deus? Cientistas cristãos conseguem determinar o perfeito valor da Bíblia Sagrada, comprovando-a com suas descober-tas.

O que Deus disse em sua Palavra é fiel e verdadeiro.

11 de janeiro de 2010

O SUSTENTO DO MISSIONÁRIO

Esequias Soares

Existem três modos de nos envolvermos com a obra de missões: primeiro, indo ao campo missionário; segundo, orando por aqueles que estão no campo; terceiro, sustentando o obreiro financeiramente. Todo o crente precisa, desde cedo, compreender o que a Bíblia ensina sobre a mordomia. Nós somos mordomos de Deus, ou seja, administradores de seus bens. Tudo o que existe no mundo pertence a Ele: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1). Deste modo, o corpo, a mente, o tempo, os talentos, os serviços, o dinheiro, as propriedades – tudo pertence a Deus. Quando nos dispomos a cooperar financeiramente com a sua obra, estamos simplesmente devolvendo-Lhe parte do que dEle recebemos. Deus recebe a oferta que oferecemos aos missionários, e se compromete abençoar-nos e suprir todas as nossas necessidades. As missões são sustentadas exclusivamente com as nossas contribuições. Se não contribuirmos, o Reino de Deus sofrerá.

A Bíblia nos ensina que aqueles que com sinceridade se dedicam à proclamação da Palavra de Deus devem ser sustentados pelo que, desse trabalho, recebem bênçãos espirituais: “O que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gl 6.6).

Exemplos:

1) “Não atarás a boca ao boi, quando trilhar” (Dt 25.4).
2) “Digno é o operário do seu alimento” (Mt 10.10).
3) “Digno é o obreiro do seu salário” (Lc 10.7).
4) “Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário” (1Tm 5.18).

INTRODUÇÃO

Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela igreja. A fonte ou origem desses recursos é a própria igreja. Foi Deus quem estabeleceu que o crente contribuísse para que o seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do Senhor. É sobre isso que vamos estudar hoje.

I. DÍZIMOS E OFERTAS

1. Dízimos. O dízimo é a décima parte da renda de uma pessoa. À luz de 1 Co 16.2 é a contribuição financeira mínima que o crente deve oferecer para a obra de Deus. Já existia antes da lei (Gn 14.20; 28.22); instituído por Moisés na lei (Lv 27.30; Dt 14.22). O povo devia levar para os levitas e sacerdotes, pois não tiveram possessão da terra (Nm 18.21-24; Hb 7.5), para que haja mantimento na Casa de Deus (Ml 3.10). Eles, por sua vez, pagavam deles os dízimos dos dízimos (Nm 18.26). O Senhor Jesus manteve os dízimos na Nova Aliança (Mt 23.23).

2. Ofertas alçadas. Além dos dízimos havia também as ofertas alçadas para fins específicos, como na construção do tabernáculo, no deserto (Êx 25.2). Convém lembrar que oferta alçada não é o mesmo que dízimo (Ml 3.10). Ambos são bíblicos e atuais, mas são diferentes. As ofertas alçadas são esporádicas, principalmente para construção de templos. Os dízimos são contínuos. O culto ao Deus verdadeiro, conforme encontramos em toda a Bíblia, constitui-se dos elementos: oração, leitura das Escrituras, pregação ou testemunho, cânticos e ofertas.

3. Os métodos de Deus. Para a construção do tabernáculo Moisés precisava dessas ofertas alçadas, de um povo pobre que vivia pela misericórdia de Deus, do maná. Davi, para construir o templo de Jerusalém, deu uma oferta de cento e cinco toneladas de ouro, sem contar a prata (1 Cr 29.3,4), considerando-se um talento equivalente a 35 quilos segundo as tabelas de conversões de pesos e medidas. O rei Davi, no entanto, fez um apelo para quem quisesse contribuir para a Casa de Deus (1 Cr 29.5). Nos versículos seguintes ficamos sabendo que o povo contribuiu voluntariamente e com alegria.

4. Deus quer que seus filhos participem dos projetos divinos. Moisés não dispunha de recursos para a construção do tabernáculo e por isso levantou do povo uma oferta alçada. Entretanto, o rei Davi já dispunha dos recursos para a construção do Templo de Jerusalém. Por que convidou ele o povo para ofertar? O método de Deus, porém, é diferente do nosso. A vontade de Deus é que seus filhos participem de seus projetos. Aqui já não é questão de necessidade. Deus é dono do céu e da terra (Gn 14.19; Sl 24.1), do ouro e da prata (Ag 2.8), mas Ele conta com nossa participação. Deus abençoa o povo para que seus filhos possam contribuir para a sua obra.

II. BASES BÍBLICAS PARA O SUSTENTO DO MISSIONÁRIO

1. A igreja de Corinto não era generosa. Os irmãos da igreja de Corinto eram insensíveis às necessidades do apóstolo. Outras igrejas sustentaram Paulo para que o mesmo pudesse servir aos coríntios (2 Co 11.8). Depois que o apóstolo deixou a cidade, apresentou a sua defesa. Partindo de um raciocínio lógico, “quem jamais milita à sua própria custa?” (v.7), ele busca no sistema sacerdotal, estabelecido na lei de Moisés, o argumento para fundamentar essa verdade (1 Co 9.9,10), e também nas palavras do próprio Senhor Jesus (1 Co 9.14). Essa é uma referência a Mt 10.10; Lc 10.7, como ele deixa mais claro em outro lugar (1 Tm 5.17,18).

2. Fazedores de tendas. Na cultura judaica era comum os pais ensinarem ao filho uma profissão alternativa; a de Paulo era a de fazer tendas (At 18.3). Utilizou-se dela para levantar seu sustento, pois temia escandalizar os irmãos e não queria correr o risco de ser interpretado como aventureiro, em Corinto. Hoje, “fazedores de tendas” é o nome que se dá aos profissionais liberais que são enviados como voluntários para prestarem serviços sociais às populações carentes nos países onde ser cristão ainda é crime. É um recurso usado para colocar legalmente um missionário num país desses; do contrário, ele nunca poderia ser aceito.

3. A igreja de Filipos era generosa. A igreja de Corinto não era como a dos filipenses (Fp 4.15-19). Nenhuma igreja se preocupou com as necessidades do apóstolo, exceto a igreja de Filipos. Enviava oferta na hora em que ele mais precisava. Paulo agradecia a Deus essas ofertas “como cheiro de suavidade e aprazível a Deus” (Fp 4.16,18). É dessa mesma maneira que ainda hoje Deus recebe a oferta que você oferece para o sustento missionário. Além disso você tem a garantia de que o Senhor suprirá todas as suas necessidades (4.19).

III. COMO APOIAR OS MISSIONÁRIOS

1. O papel da igreja. Sãos os crentes que apóiam os missionários com suas contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A igreja ora, intercedendo por eles, e acompanha o seu trabalho através de relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam o missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio espiritual devem entender também que fora do seu convívio a situação é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar travado.

2. Apoio aos missionários. O sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele e da esposa e filhos. É necessário um estudo sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele. Nem sempre as igrejas têm acesso a essas informações, por isso existem inúmeras agências missionárias interdenominacionais, espalhadas no Brasil e em todo o mundo, com o propósito de orientar as igrejas.

CONCLUSÃO

Nossos dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de Deus em nossa vida. A vontade de Deus é a salvação dos perdidos da terra (1 Tm 2.4). Para que essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um de seus filhos, com todos os seus dons e talentos. O nosso apoio aos missionários deve ser a oração, contribuição através da igreja ou de sua secretaria ou departamento de missões, contato com eles por carta, telefone, Internet, etc.

Extraído da Revista "Lições Bíblicas" - Jovens e Adultos - Lições do 3o. trimestre de 2000 - CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus (www.cemini.org.br).