17 de novembro de 2019

Porque devemos fazer missões?

Porque bilhões precisam ouvir a Palavra de Deus. Observe que, segundo as estatísticas, o número de pessoas no mundo está aumentando numa proporção acima de 70.000.000 (setenta milhões) a cada ano. Menos que 3.000.000 (três milhões) delas estão sendo alcançadas pelo Evangelho.

Diariamente, morrem no mundo 119.000 (cento e dezenove mil) pessoas, 4.980 (quatro mil novecentos e oitenta) por hora, e 83 (oitenta e três) por minuto. Destas, 97%, ou seja, 115.430 (cento e quinze mil, quatrocentos e trinta) vão para o inferno.

Existem 16.810 (dezesseis mil, oitocentos e dez) povos étnicos e sociais perdidos, que ainda não ouviram falar em Jesus. Somente na África Meridional e África Central são 880 (oitocentos e oitenta) milhões de pessoas perdidas.

O mundo já ultrapassou os seis bilhões de habitantes. Destes, mais de um terço, ou seja, mais de dois bilhões de pessoas não ouviram falar de Jesus Cristo e estão fora de alcance do Evangelho.

Existem no mundo em torno de 56.000 (cinquenta e seis mil) missionários. Para que estes alcancem os bilhões de perdidos, é necessário que cada um evangelize 89.286 (oitenta e nove milhões, duzentos e oitenta e seis mil) pessoas. Isto não é preocupante?

E você, cristão, qual é a sua posição diante do “IDE” de Jesus Cristo?

SEM JESUS CRISTO AS PESSOAS ESTARÃO PERDIDAS

As pessoas não evangelizadas nunca ouvirão o Evangelho, a menos que você entre em ação para quebrar esta “...fome de ... ouvir as palavras do Senhor”, (Am 8.11). Mobilizando e treinando e enviando ganhadores de almas para irem lá onde os pecadores estão é a única solução para este dilema.

Milhares de cidades e aldeias da China e da Índia, ainda não têm quem lhes fale sobre Jesus Cristo. Lá, as pessoas vivem e morrem sem Jesus Cristo. Não porque elas O rejeitem, mas porque durante os 2.000 anos passados, nenhum cristão foi até lá para compartilhar com elas o Evangelho do amor de Jesus Cristo.

Um em cada 500 líderes de igreja dedica sua vida a alcançar as pessoas. Necessitamos de um reencaminhamento aos princípios adotados pelo Apóstolo Paulo: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio”, (Rm 15.20).


Paulo sempre ia “para anunciar o evangelho nos lugares que estão além ...” (II Co 10.16), lá onde as pessoas ainda não tinham ouvido sobre Jesus Cristo. Pedro também compreendeu que “o Senhor não retarda Sua promessa... não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”, (II Pe 3.9).

NÃO É VONTADE DE DEUS QUE OS HOMENS SE PERCAM

Eles se perdem porque não lhes temos ofertado o Evangelho. São deduzidos três pontos importantes:

1) A IGREJA DORME. As pessoas estão perdidas porque a Igreja, em sua grande maioria, está dormindo. O chamado é “acorda para a retidão...; “...o que dorme na sega é filho que envergonha”, (Pv 10.5).

2) É PECADO. É pecado as pessoas não saberem sobre Deus. Somos advertidos, “...não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus...”. Isto é um pecado de omissão. “Aquele pois que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”, (Tg 4.17).

3) É VERGONHOSO. Este fato é causa para vergonha. “... o que dorme na sega é filho que envergonha”, (Pv 10.5). O lamento aflito dos perdidos se elevam até o Céu, “passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos”, (Jr 8.20). Essa condição terrível existe porque são muito poucos os obreiros. “Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara”, (Mt 9.38). Nós somos ganhadores de almas porque os obreiros são muito poucos.

4) POR CAUSA DA GRANDE INCUMBÊNCIA. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”, (Mc 16.15). Todo o cristão é incumbido e chamado. “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação... segundo o seu próprio propósito e graça...” (II Tm 1.9). Todo cristão tem responsabilidade. A “Grande Incumbência” para executar e o “Chamado Santo” para testemunhar e servir, é a autoridade de todo cristão, dada por Deus para ministrar. Todo cristão tem três ministérios sacerdotais:
I. Ministrar ao Senhor em oração, louvor e adoração.
II. Ministrar uns aos outros com relação e apoio financeiro e espiritual.
III. Ministrar ao mundo (incrédulos) através da cura de enfermidade físicas e emocionais, expulsando demônios e lhes contando as boas novas, “...que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”, (I Co. 15.3,4).

Quando nós, cristãos, aprendemos a realizar esses três ministérios, assumiremos seus privilégios e responsabilidades dados por Deus e diremos: “...Eis-me aqui, envia-me a mim”, (Is. 6.8).

Jesus Cristo amou tanto o mundo, que morreu por ele. Grande parte da Igreja, indiferente, sofreu muito com conquista de Maomé, com as devastações do poderoso mongol Ghenghis Khan, com a espada manchada de sangue de Napoleão, com perseguição do comunismo e, atualmente, está sofrendo frente aos terríveis ataques das filosofias da Nova Era. Porém, frente a todas as dificuldades enfrentadas na história, a Igreja sempre avançou e agora não será diferente, porque estamos lutando numa guerra em que nosso Supremo Comandante Jesus Cristo já venceu por nós, lá no Calvário.

EXEMPLO A SER SEGUIDO

Os morávios oraram e agiram. Foram necessárias reuniões de orações durante vinte e quatro horas diárias, por mais de cem anos, para quebrar a ação mortal de indiferença da Igreja. Aquele ministério foi iniciado cerca de 250 anos atrás, através da influência de um pequeno conhecido e não muito considerado príncipe bavário, chamado Conde Van Zinzendort.

A Igreja Morávia, que foi creditada a ele como sendo o seu fundador, desenvolveu os primeiros - e, por muitos anos, os únicos - missionários evangélicos dos tempos modernos. Os morávios oravam com paixão pelas almas perdidas dos homens. Eles não oravam somente, eles agiam para levar o Evangelho até eles. Os morávios deram os melhores de seus jovens, para se tornarem soldados no exército do Senhor.

Dois daqueles jovens ouviram que numa ilha do Mar do Caribe, 40.000 africanos estavam presos, na mais abjeta escravidão. Ninguém era admitido na ilha, a não ser que fosse como um escravo. Os dois jovens morávios foram movidos pela compaixão daqueles escravos. Eles imaginaram que aqueles escravos morreriam com os seus pecados se eles não levassem o Evangelho até lá.

Então, os dois jovens morávios venderam-se como escravos para poderem alcançar aqueles africanos. Na medida em que eles navegavam do cais de Hamburgo, Alemanha, suas últimas palavras ecoaram através das marés do oceano: “Estamos indo ganhar para o Cordeiro, a recompensa do Seu sacrifício.” Estes jovens nunca mais foram vistos. Morreram como escravos naquela ilha, pregando o Evangelho da salvação. Quantas almas teriam eles ganho para Jesus Cristo? Saberemos somente na eternidade. Eles deram suas vidas porque acreditaram que pudessem ajudar a trazer o Rei de volta. Eles acreditavam que Jesus não pudesse voltar até que “...este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes.”

Se vamos aceitar TODA A GRANDE INCUMBÊNCIA e praticá-la, podemos ganhar o mundo para Cristo. Se rejeitarmos o poder do Espírito Santo e falharmos em dar a Ele o Seu legítimo lugar de Senhorio em nossas vidas e ministério, teremos muito poucos frutos.

“E disse-lhes (Jesus): Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado”, (Mc 16.15,16).

EV. GILSON MAZUI DEFERRARI
Evangelista, escritor e Secretário de Missões
Passo Fundo, RS
www.kurioseditora.com.br


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