3 de abril de 2019

Missões, coisa de adorador

Sempre gostei muito do assunto. Falar e ouvir a respeito daquilo que Deus têm feito, em Cristo, em todo planeta, da expansão do Seu Reino, de culturas sendo redimidas e celebrando o Seu nome santo. Como estas coisas me abençoam.

Quem nunca se emocionou numa conferência missionária? Quem nunca ficou boquiaberto com as fascinantes histórias de corajosos missionários desbravando selvas e outros “fins de mundo” por aí. Acredito que todos nós. Eu também sou fruto desta geração. Mas refletindo um pouco mais sobre a obra missionária, a tarefa a nós comissionada pela Trindade, percebi que muitas vezes nossa cosmovisão e/ou nossas motivações são carentes da perspectiva bíblica realmente sadia.

Como assim? Explico. O que é afinal a Obra Missionária? Como e para quê devemos “ir e fazer discípulos de todas as nações” ?

Entendo que missões é uma disposição em obedecer ao nosso mandato cultural que se encontra no texto de Gênesis 1:28-29. Deus criou todas as coisas (pelo santo e sábio conselho da sua vontade) e nos colocou como mordomos de tudo isso. E se Ele nos fez para o louvor da Sua glória, toda nossa existência tem como fundamento a glorificação d’Ele. Isso equivale dizer que onde vamos, onde estamos, o que fazemos, enfim, toda nossa vida se completa e tem sentido a partir do momento em que celebramos sua Glória e a anunciamos.

Isso também aponta para alguns fatos interessantes:

1) Não fazemos missões para minimizar a proliferação do pecado e da morte. Não fazemos missões por causa do pecado alheio;

2) Não fazemos missões apenas por que Cristo nos comissionou. Missões é além da obediência, sinônimo de identidade. Fomos criados para tal;

3) Não fazemos missões por desencargo de consciência ou por falta de opção.

Missões é uma expressão da nossa fé, do nosso amor a Deus e da nossa adoração. Se não O anunciamos, morremos. Fazemos missões, portanto, porque amamos a Deus acima de todas as coisas. E todas mesmo!

Muitas vezes vemos nas nossas melhores igrejas, apresentações missionárias muito mais centralizadas no sofrimento, no pecado e nas tragédias humanas. Que pena. Não é isso. Missões é coisa para adorador. Claro que não devemos viver alienados, mas não podemos manipular a emoção das pessoas. Como tudo que é vivo, a Igreja também vive um processo de amadurecimento. Temos a possibilidde de aprendermos com nossas experiências. Acredito que muita coisa já mudou. Graças a Deus.

Nosso povo é simples, multicolorido, se adapta a várias situações, é inteligente. Somos um grande celeiro de missionários. Tenha certeza que ninguém conseguirá tomar o seu lugar. Se você ama a Deus, seu lugar é neste exército. E vale a pena, n’ Ele nosso trabalho abençoa todas as famílias da terra.

Minha oração é para que como igreja brasileira possamos assumir de forma plena nosso papel na “Vinda do Reino” à terra. Pois será maravilhosa a visão daquele trono majestoso…


Daniela Xavier Formada em Gastronomia e casada com Saulo Xavier, servem atualmente na Missão Kairos, com projetos de Tradução e Mobilização. Fonte: www.jocum.org.br

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