Efésios 4
Autor: Pr. Jarbas Ferreira da Silva
A palavra glória é extremamente rica. Ela contém a noção de majestade, imponência, valor e beleza. Paulo, certamente, experimentou inúmeras vezes a presença maravilhosa do Senhor Jesus, e sabia muito bem, que tê-lo ao nosso lado, é o bem mais precioso, que alguém pode usufruir. A companhia do Espírito Santo (v.30) é não só a garantia da nossa herança futura nos novos céus e nova terra, mas de imediato, nesta vida, a nossa segurança e força para nos conformar à imagem de Cristo. Um cristão deve ser conhecido por imitar a Cristo e amá-lo acima de tudo.
Para alguns a obra missionária revela o seu valor na grandeza de seus missionários, dos resultados, sejam eles, conversões em massa, a implantação de novas igrejas, e a tradução das Escrituras em línguas vernáculas. Entretanto, tais critérios podem ser enganosos. Eu mesmo pude observar o resultado a posteriore de cruzadas evangelísticas, seguidas de números estrondosos, e glórias humanas, as quais por fim revelaram, que seus frutos não só foram efêmeros como desapontadores. Há várias razões e meios, que podem influenciar as massas sofridas a levantarem as mãos em sinal de aceitação do Evangelho, mas o transplante de coração necessário requer mais que uma decisão emocional ou levada pelos constrangimentos das circunstâncias.
O discipulado é o tema missionário de Paulo neste capítulo. O Evangelho é sim, o poder Deus para a salvação de todo aquele que nele crê, mas, isto significa salvação da tirania do pecado. Mudança de mente e coração revela o efeito profundo desta salvação. Transformação de mente e valores, revelados numa nova filosofia de vida. ( v.17-24 ). Os dons, diz, o apóstolo, dão a igreja a força necessária, para propiciar o ensino e a formação de Cristo no caráter e fé dos decididos. Por isso, o Cristão é aquele que deixa: a mentira, o ódio, o roubo, a maldade, e passa a ser amoroso, perdoador, ajudador e puro diante de Deus e dos homens. (v.25-32). Desta forma, o serviço missionário tanto nas suas estratégias, como em seus motivos e alvos, só trará glória a Cristo, se conduzir pessoas a nascerem de novo, e a imitarem aquele que as salvou. Não pode a árvore má dar bons frutos, sendo assim, todo aquele que se diz ser de Cristo, precisa andar como Ele andou. Missões então só trará glória a Deus, se insistir em promulgar e estimular, plena fidelidade a amor ao Mestre maravilhoso.
Verdadeiramente, um missionário deve levar consigo não só uma mensagem, mas antes de tudo, um testemunho; não ter somente um bom preparo acadêmico, mas ter, antes de qualquer coisa, um caráter em formação e debaixo do senhorio de Cristo, andando cheio do seu Espírito. Ele não será perfeito, mas nunca cederá, as derrotas espirituais momentâneas. Em humildade, ele falará do seu Salvador e encorajará ao povo ao qual ele se consagrou, a preservar no amor e serviço santo, do seu Senhor. A glória de qualquer projeto missionário, não poderá ser medida por nós, pois, só Deus, tem esta prerrogativa, mas, a glorificação do Pai e do Filho, na direção do Espírito Santo, deverá ser sempre nosso alvo, e neste capítulo, ela somente, poderá acontecer se pecadores, se tornarem discípulos de Cristo; não meros ouvintes da Palavra, mas com certeza praticantes da mesma.
Cristo sendo amado e se tornando visível, no caráter das pessoas, é um sinal inconfundível que, no Senhor o trabalho missionário não é em vão.
A Deus toda a glória.
MIAF Brasil
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