30 de agosto de 2020

É Injustificável

"Se somos chamados para pregar com tanta urgência e com tão profunda motivação, é injustificável que haja ainda mais de 4.000 povos não alcançados no mundo e mais de 1.800 línguas sem a Palavra de Deus. É injustificável que haja mais de 100 etnias indígenas no Brasil sem presença missionária, cerca de 10.000 comunidades ribeirinhas, 2.000 quilombolas e 6.000 assentamentos sertanejos sem uma igreja evangélica. É também injustificável mais de 700.000 ciganos não evangelizados e menos de 1% de surdos se declarando crentes em Cristo em nosso país. É injustificável a presença de dezenas de milhares de imigrantes entre nós, sem assistência e sem conhecerem o evangelho, bem como tantos hippies em nossas cidades ainda não evangelizados." 

Ronaldo Lidorio


27 de maio de 2020

Missão Para o Interior da África



NOSSA HISTÓRIA

Africa Inland Mission (AIM) – Há mais de 120 anos experimentando a fidelidade e a graça de Deus

AIM é uma agência missionária cristã internacional, com um coração voltado aos povos africanos. O projeto de montar bases missionárias pelo Continente Africano se tornou realidade em 1895, quando cinco homens decidiram entrar no interior da costa do Quênia. Com a ajuda de locais, andaram a pé, e às vezes de camelo, por quase 482 km para montar a primeira base da missão. Hoje são muitos os missionários envolvidos em declarar a glória de Deus na África.

O cenário no século 21 está um pouco diferente. A maioria dos africanos possui um telefone celular. Eles estão no Facebook. Eles estão se mudando para as cidades, se modernizando, e até mesmo emigram ao redor do globo. A população africana é a que mais cresce no mundo, e, em 2050, estima-se que 1 em cada 4 pessoas na Terra será Africano.

Como emergente forças globais, as nações africanas são surpreendidas em batalhas para proteger sua vibrante economia e recursos naturais valiosos. Eles também enfretam grandes batalhas espirituais. As crenças tradicionais profundamente enraizadas nos povos e o poderoso movimento do Islã mantém muitos cativos. Mas a igreja também está aqui, não em todas as esquinas como gostaríamos de ver. Pelo menos ainda não. Mais de 3 milhões de pessoas adoram ao Senhor nas igrejas plantadas pela missão. Atualmente estamos presente em 7 países por meio de escritórios de mobilização e em mais de 25 países do continente Africano por meio de nossas bases missionárias. 

QUEM SOMOS

Em 1985, o Brasil se tornou sede do escritório da AIM na América do Sul, sendo conhecida em português como Missão para o Interior da África. Fazemos parte de uma grande agência missionária internacional e interdenominacional. Nossos missionários vêm de muitas denominações diferentes, mas todos têm uma convicção firme na inspiração divina da Bíblia e têm uma relação viva com Deus. Nossa Doutrina de fé é apresentada no Artigo III da nossa Constituição. A responsabilidade primária por enviar missionários foi determinada por Deus para a igreja. A Missão para o Interior da África busca trabalhar com as igrejas a fim de encorajar e facilitar o envio de missionários numa atitude de obediência à Grande Comissão. Desde o princípio, temos o  compromisso em ser uma missão de Fé. Quando os primeiros missionários saíram para a África, eles confiaram que Deus proveria todas suas necessidades movendo os cristãos individuais e igrejas para orar e sustentá-los. A missão ainda opera neste mesmo princípio.

http://sa.aimint.org/

6 de maio de 2020

Perdidos no Lago Esquecido (com Lucas)


Queridos irmãos e irmãs,

A foto acima foi tirada da sacada do meu quarto de hotel, em um lugar chamado “Baía de São Paulo”, na ilha de Malta. Estávamos lá para a Conferência da Visão 5:9, numa localidade de onde se pode ver o (suposto) local onde Paulo sofreu o naufrágio, registrado fielmente por Lucas em Atos 27-28. O clima em Malta era terrível, com uma forte ventania conhecida como “Nordeste” que agitava o mar e empurrava ondas fortes contra a costa. Queríamos visitar o (suposto) local do naufrágio, o qual se pode ver na foto. Há uma ilha no centro, com dois objetos destacando-se: uma estátua de Paulo e uma capela. Contudo, o povo maltês é mais esperto que o capitão do navio de Paulo e não programa viagens à ilha no inverno, então tivemos de nos contentar com a vista da sacada. Não foi difícil imaginar o navio preso na restinga enquanto tentava entrar na baía, assim como não foi difícil imaginar o terrível fim da embarcação. Pela graça de Deus, Paulo, Lucas e todos os 276 passageiros e tripulação foram salvos naquele dia e recebidos em Malta.

Andar pela praia, observando o romper das ondas, foi uma oportunidade ímpar para meditar a respeito de Paulo, seu naufrágio e sofrimento. Sem esquecer de Lucas! Ele foi um companheiro de viagem voluntário e participante dos sofrimentos de Paulo, e provavelmente estava apavorado… Minimamente, ele ficou encharcado e gélido, e perdeu seus pergaminhos, instrumentos de anotação e estetoscópio. De qualquer modo, fico impressionado e sou desafiado pelo exemplo de Paulo, pela sua disposição para se sacrificar e sofrer por amor a Jesus, o evangelho e a Igreja. Paulo era um grande homem, um grande escritor, um grande teólogo e grande trabalhador (assim como Lucas). Mas essa história não é exatamente sobre Paulo. A história é sobre Jesus. Jesus, aquele que morreu, salvou, chamou para servir, guiou, inspirou, encheu, transformou e usou Paulo. A história é sobre Jesus, por quem Paulo estava disposto a naufragar, apanhar, ser preso, apedrejado, etc. Paulo era grande, mas estava disposto a se sacrificar e morrer porque era inspirado pela grandeza de Jesus, não por sua própria. E Paulo será recompensado, não por sua grandeza, mas por causa de seu serviço e fidelidade a Jesus.

O que podemos dizer a respeito de sacrifício e sofrimento? Paulo e Lucas naufragaram... Algo terrível de se acontecer. Certamente, Paulo e Lucas não partiram com a intenção de naufragarem em Malta ou em qualquer outro lugar. Toda essa série de eventos se deu por conta da corajosa proclamação do evangelho por parte de Paulo. E por causa de sua corajosa proclamação do evangelho aos judeus, gregos, romanos, soldados, reis, fariseus, saduceus, juízes, oficiais e a qualquer um que fosse escutar, Paulo foi eventualmente posto nesse navio para ser enviado à Roma para julgamento. Por acaso Paulo estava à procura de sofrimento? É BEM PROVAVEL que não. Paulo estava nesse navio, sobretudo, porque ele havia recorrido a César dado que sabia que provavelmente seria julgado, ou ainda, assassinado de maneira injusta se voltasse à Jerusalém - na verdade, ele estava tentando evitar o martírio. Ainda assim, Paulo estava disposto a sofrer por amor ao evangelho, à Igreja e ao Senhor. A palavra-chave é "disposição". Do mesmo modo, nós não buscamos voluntariamente o sofrimento, mas estamos dispostos a sofrer se necessário. O sofrimento não nos torna, automaticamente, trabalhadores melhores ou mais frutíferos. Normalmente, é sábio e correto de nossa parte afastarmo-nos do sofrimento – era isso que Paulo estava fazendo quando sofreu o naufrágio. O que buscamos não é sofrer apenas, mas sermos fiéis testemunhas de Jesus Cristo! Buscamos a salvação dos perdidos! Buscamos fazer discípulos e plantar a Igreja! Se isso requer sofrimento, então nós, inspirados pela grandeza de Jesus, assim como Paulo (e Lucas!), estamos dispostos a sofrer. Como afirma nossa diretriz: Uma vez que somos parte desse povo precioso, redimido e muito amado pelo Senhor, aceitaremos sofrer pelo Senhor, por Seu povo e por aqueles que ainda não foram alcançados à medida que corajosamente proclamamos o evangelho. (1 Pedro 4.12-13)

Irmãos, vocês podem nunca ter sofrido um naufrágio, apedrejamento, prisão ou agressão, mas muitos de vocês sofreram e todos vocês sacrificaram algo pelo Senhor e por Seu evangelho. O Senhor é honrado por seu serviço, sacrifício e disposição para sofrer! Pense na promessa de Jesus à Maria de Betânia em Mateus 26.13, logo após ela ter sacrificado seu precioso perfume para Jesus: “Em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória” (NVI). O meu comentarista diz: “Ambos os fatos, de que nada é desperdiçado para Jesus e de que nada é esquecido, deveriam impulsionar os discípulos a destamparem seus preciosos vasos de alabastro e derramarem-nos por Jesus.**” Isto é tão encorajador para mim: nada que é feito para Jesus, principalmente sacrifício e sofrimento, é desperdiçado ou esquecido, e para destacar isso:
Hebreus 6.10 “Pois, Deus não é injusto para se esquecer do vosso trabalho e da caridade que mostrastes para com seu nome, quando servistes e ainda servis aos santos.*”
1 Coríntios 15.58 “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, constantes, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.*”
Filipenses 1.29 “'Pois vos foi concedido, por amor de Cristo, não somente o crer nele, mas ainda o padecer por ele, sofrendo o mesmo combate que vistes em mim e agora ouvis que está em mim.*”
1 Pedro 4.19 “'Portanto, também aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem.*”
Sinto-me honrado de estar com você em seu sofrimento por amor a Jesus, o evangelho, a Igreja e o perdido. Se o sofrimento vier, que estejamos dispostos para aceitá-lo juntos.

Luke Herrin
Diretor Internacional AIM – Africa Inland Mission (Missão para o Interior da África)

3 de março de 2020

Ebook Ilustrações Missionárias


Meu amigo blogueiro Sammis Reachers, do Rio de Janeiro, pediu-me permissão de usar as ilustrações missionárias de minhas páginas para a publicação de seu último e-book "ILUSTRAÇÕES MISSIONÁRIAS: 777 Ilustrações sobre mordomia cristã e as obras de evangelização e missões", que consenti prazerosamente, tendo meu nome e referência publicados na obra. O e-book está disponível gratuitamente em seu site Veredas Missionárias. Deixo o link abaixo para a sua apreciação e edificação. Muito bom trabalho!

Veredas Missionárias


11 de janeiro de 2020

Missionários, motivos corretos e errados

Segundo Roger Greenway, alguns motivos errados em se tornar um missionário podem ser:

1. O desejo de ser admirado e louvado por outros;
2. A busca por "autorrealização", sem levar em consideração o esvaziar-se a si mesmo (Fp 2.5-7);
3. A busca por aventura e excitação;
4. A ambição em expandir a glória e influência de uma igreja ou denominação em particular, ou mesmo de um país;
5. A fuga das situações desagradáveis do lar;
6. A esperança de sucesso profissional após um curto período de serviço missionário;
7. A culpa e o anseio pela paz com Deus por meio do serviço missionário.

Para Greenway, os motivos corretos para missões são:

1. O desejo de que Deus seja adorado e sua glória conhecida entre todos os povos da Terra;
2. O desejo de obedecer a Deus por amor e gratidão, por meio do cumprimento da Comissão de Cristo: "Ide e fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28.19);
3. O desejo ardente de usar todos os meios legítimos para salvar os perdidos e ganhar não-crentes para a fé em Cristo;
4. A preocupação de que igrejas cresçam e se multipliquem e de que o reino de Cristo seja estendido por meio de palavras e ações que proclamem a compaixão e a justiça de Cristo a um mundo de sofrimento e injustiça.

Portanto, o missionário deve ser:

1. Um estudante afinco da Palavra de Deus (2Tm 2.15);
2. Cheio do poder do Espírito Santo (At 11.24);
3. Direcionado por Deus (At 8.6-13; 10.9-16);
4. Acalorado (At 14.20-22).

O missionário deve ter:

1. A certeza da salvação (2Tm 1.12; 2Co 4.13);
2. A convicção do chamado (At 26.19; 2Tm 4.5);
3. Uma vida de oração (At 13.1-3; Rm 12.12);
4. Profunda paixão pelas vidas perdidas (1Co 13.1-8).
5. Renúncia de tudo que for necessário (2Co 11.23-28);
6. Saber que o mundo sem Jesus está perdido (Rm 6.23).

Webartigos.com