22 de janeiro de 2010

NO ANO EM QUE NADA ACONTECEU

Na Escócia havia um pastor já avançado em idade, que por muitos anos serviu em uma igreja, com dedicação e fidelidade. Um dia, estando assentado em seu quarto, repentinamente começou a chorar e a soluçar. Sua esposa, que estava na cozinha, ouvindo a tristeza de seu esposo, entrou no quarto e ali viu-o com o rosto entre as mãos. “Por que choras, querido?”, perguntou ela preocupada. “Quero servir a Deus, mas não posso, como no tempo em que eu era novo. Sinto que os irmãos não estão satisfeitos comigo. Um deles disse-me ontem que durante o ano que passou nada de extraordinário havia acontecido na igreja”.

Sua esposa o consolou. Enxugando as lágrimas, saiu para o jardim para respirar melhor. Lá sobreveio-lhe outra vez a grande tristeza. No ano passado nada aconteceu. Sentou-se num banco e chorou de novo.

Momentos depois percebeu que um menino, de uns 10 anos de idade, entrara no jardim. Aproximando-se, viu o seu pastor com o rosto muito abatido. “Por que choras, pastor?”, perguntou ele. Aquele velho pastor o olhou e se achegou para junto do menino. Disse: “Roberto, eu choro porque quero servir a Deus e não posso mais. Se acabaram as minhas forças. E no ano que passou nada aconteceu na igreja”. “Meu pastor, eu me entreguei a Jesus no ano passado!” O rosto do pastor se iluminou por alguns minutos. Acariciou a cabeça daquele menino e disse: “É verdade, sim, Roberto; você se entregou, havia me esquecido. Viva sempre para Jesus!”

Correu para casa, aquele pobre menino. A tristeza havia quebrantado aquele pastor, e um tempo não longo, depois desse acontecimento, ele passou a estar com o Senhor em Suas mansões eternas.

Aquele dia foi um dia todo especial, o dia em que os restos mortais do pastor foi colocado na tumba. Muitas flores, lágrimas e palavras de despedida. Quando o povo se dispersou, algumas pessoas ainda viram chegar até à sepultura o Roberto. Ele estava vestido com roupas pobres, estava descalço. Trazia uma pequena flor que a depositou sobre a lápide e disse chorando: “Meu querido pastor, diga a Jesus que se nada aconteceu, pelo menos o Roberto foi salvo”.

Quem era aquele menino? Robert Moffat! O grande missionário e pregador que serviu a Deus como pioneiro no grande continente africano, onde muitas almas levou aos pés do amado Jesus!

Nada aconteceu no ano passado? Será verdade? Enganamo-nos em nossos próprios pensamentos. Deus trará à luz coisas que nasceram em tempos quando muitos pensaram não ter acontecido nada de especial.
(Revista Boas Novas - Porto Alegre)

Quem era ele

Robert Moffat (21 de Dezembro de 1795 a 9 de Agosto de 1883)

Presbiteriano
Robert Moffat foi um missionário congregacionalista escocês na África.
Em 1795 Robert Moffat nasceu em Ormiston, Escócia. Ele veio a ser um famoso missionário presbiteriano na África do Sul. Convertido aos 17 anos, logo ele se mostrou interessado em missões. Em 1816 a the London Missionary Society relutantemente enviou-o para Cidade do Cabo, África do Sul, crendo que ele estava impreparado para a missão. Quatro anos mais tarde, ele casou com Mary Smith, que veio de Londres. O casal estabeleceu-se em Kuruman em Bechuanaland em 1825, onde eles estabeleceram o seu quartel-general durante próximos 45 anos de trabalho missionário. Eles retornaram a Inglaterra em 1839-43, promovendo a causa de missões na África. Moffat inspirou David Livingstone (1813-73) a ir. Em 1845 Livingstone casou com Mary, filha de Moffat. Moffat e a sua esposa serviram como missionários até que faltando-lhe a saúde, se viram forçados a retirarem-se do seu campo missionário em 1870. Enquanto esteve no campo missionáro, Moffat traduziu a Bíblia em Sechvana (uma das línguas autóctones). Ele também é autor dum livro de hinos e publicou dois livros de ensino para uso missionário na África do Sul.
(http://no-caminhodejesus.blogspot.com/2009/12/estes-andaram-no-caminho-ele-deu-um.html)

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