30 de abril de 2010

MISSÕES E NÃO NEGÓCIOS MISSIONÁRIOS

No que concerne às missões, é possível reverter o quadro.

A imprensa tem divulgado insistentemente a tentativa de ocultação de nepotismo, ou apadrinhamento de familiares nas casas legislativas, através da terceirização de serviços prestados àquelas casas. Funciona assim: a lei proíbe a concessão de cargos aos parentes dos legisladores. Então estes conseguem descumpri-la contratando empresas prestadoras de serviços pertencentes a eles mesmos ou ao parente que desejam nomear. Tornou-se notório o caso recente de um deputado que pagou por serviços de segurança pessoal a uma empresa dele próprio. A justificativa foi a de que, conhecendo seus funcionários, a empresa se tornava mais confiável.

A obra missionária vem sofrendo distorções semelhantes. Não propriamente com o propósito de ocultar o nepotismo, mas, o que é mais grave, para fazer circularem recursos missionários entre certas igrejas e grupos interessados em auferir vantagens financeiras com a obra. O funcionamento é semelhante ao exemplo acima citado. Repassam-se os recursos a terceiros, normalmente a uma agência, e estes recursos são enviados para onde ela determina. Inverte-se deste modo o projeto missionário que, em vez de pertencer à igreja, pertence à agência. A igreja apenas separa jovens, apresenta-os à agência, cabendo a esta prepará-los e enviá-los para onde lhe convém. Desse modo os recursos se desintegram a meio do caminho entre o ofertante e o missionário.

O conceito moderno de igreja-empresa empresta certa validade a estas práticas, pois são justificadas com o argumento de que os recursos devem ser empregados onde produzam retorno, entendendo-se por retorno não o ganho de almas, mas o montante maior de ofertas recebidas, em relação à “aplicação” feita.

Devemos atentar para as palavras de Pedro, que nos alerta quanto àqueles que “por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas... recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco” (2Pe 2.3,13).

A obra missionária não tem conseguido escapar a este fenômeno, cuja face oculta é a sucessão familiar, isto é, a passagem da igreja de pai para filho.

No que concerne às missões, é possível reverter o quadro, bastando tão somente eliminar os intermediários, isto é, a terceirização do “ide”, que cabe privativamente à Igreja.

Isto significa dizer que mesmo trabalhando com agências idôneas, e elas ainda existem, é a Igreja que deve determinar para onde vai, quanto vai custar e qual o período de treinamento e efetivo serviço dos que são enviados. Não agindo assim, descumpre a sua tarefa síntese, o “ide” de Jesus.

Pr. Paulo Ferreira

Foto: examinandoabiblia.blogspot.com

23 de abril de 2010

MISSIONARIO LAWRENSE OLSON: 100 ANOS E UM LEGADO

Se estivesse vivo hoje, o missionário Nels Lawrence Olson (mais conhecido no Brasil como "Lourenço" Olson), uma das grandes referências teológicas da Assembleia de Deus brasileira, estaria com 100 anos. Olson dedicou a sua vida à pregação e ao ensino da Palavra de Deus em nosso país, deixando um legado que perdura até hoje.

Nascido em 9 de fevereiro de 1910, nos EUA, a caminhada de Olson com Deus começou aos 11 anos, quando os pentecostais abriram um trabalho em Kenoscha, Wisconsin. Sua família foi a primeira a aceitar o pentecostes naquela cidade. Foi num domingo à tarde que o pequeno Lawrence, filho do casal, aceitou Jesus como seu Salvador. Dois anos depois, foi batizado no Lago de Michigan. Aos 16 anos, recebeu o batismo no Espírito Santo durante um culto de oração.

Lawrence Olson recebeu sua chamada missionária para o Brasil na década de 30. Matriculou-se, então, no Central Bible College, em Springfield, Missouri. Antes de vir ao Brasil, pastoreou a igreja de Applenton e fundou outra em Portage. Finalmente, em 7 de setembro de 1938, aportou em solo brasileiro, acompanhado de sua esposa Alice e seus dois filhos, Lawrence Jr. e Carolyn.

Depois de passar um ano em Belo Horizonte aprendendo o idioma, mudou-se para Lavras, onde já se encontrava o irmão Hilário José Ferreira. Juntos, evangelizaram aquela cidade durante anos. Ali, Olson abriu trabalhos em São João Del Rei, Ribeirão Vermelho, Perdões, Cana Verde, Américos, Nepomuceno, Andrelândia, Campo Belo, Boa Esperança e outras localidades. Para atingir essas regiões, viajava de trem, carro, bicicleta ou a pé.

Em 1947, Olson trabalhou em Araraquara. Dali foi para o Rio de Janeiro, atendendo a um convite para ajudar na reorganização da CPAD, onde permaneceu por um ano, montando máquinas impressoras que vinham dos Estados Unidos. Em 1949, voltou a Lavras, onde desempenhou eficiente trabalho evangelístico e iniciou uma Escola Bíblica, que trouxe tremendos resultados

Em 1947, Olson fundou seu programa na Rádio Cultura de Lavras. Em 1955, essa atividade evoluiu bastante. No primeiro domingo de janeiro, foi lançado o célebre programa Voz das Assembleias de Deus, na Rádio Tamoio. Muitas vidas foram salvas por esse programa, que passou também pelas rádios Mayrink Veiga, Tupi, Relógio, Copacabana, Boas Novas e Universo de Curitiba.

Em 1961, fundou o Instituto Bíblico Pentecostal (IBP), no Rio de Janeiro. Foi articulista do jornal Mensageiro da Paz e da revista Seara por muitos anos. A partir de 1953, começou a fazer comentários para as revistas da Escola Dominical, tarefa interrompida 30 anos depois, devido ao seu estado de saúde. Exerceu cargos de importância no Conselho de Doutrina da CCADB e no Conselho da CPAD, do qual era fundador e membro vitalício.

Em 1989, após meio século de dedicação à obra no Brasil, Lawrence e Alice, ambos com 80 anos de idade, regressaram aos Estados Unidos. No dia 30 de março de 1993, pastor Nels Lawrence Olson faleceu nos Estados Unidos. Seu corpo foi sepultado em Springfield.

Missionário Olson sempre será lembrado, principalmente pelo seu ensino, ora transmitido pelas rádios, ora dos púlpitos onde pregou. Essas mensagens ficaram e ficarão indelevelmente gravadas em milhares de corações.

(Mensageiro da Paz, março de 2010 - opinião)

16 de abril de 2010

O JOGO DA MENTIRA CONTINUA...

Dr.Tom White

Em 1972, eu estava visitando uma das maiores igrejas dos Estados Unidos, que fica em Dallas, no Texas, quando ouvi a pregação de dois pastores russos. Eles falaram mentiras durante uma hora. Esses líderes, de nomes Bichkov e Zhidkov, se norteavam pelos posicionamentos de Moscou, e declararam que não havia nenhum cristão preso por sua fé, na Rússia. Enquanto falavam, o lider batista Georgi Vins estava na prisão. Batistas, menonitas e pentecostais estavam sendo enforcados, esfaqueados e afogados porque se recusaram a parar de pregar. Muitas crianças foram tiradas de pais cristãos pelo Estado, e escolas dominicais foram fechadas. Os dois principais jornais russos, o Pravda e o Izvestia (A verdade e A mensagem, respectivamente), reportavam que os cristãos "afogavam crianças" (batismo) e "bebiam sangue" (Santa Ceia). Nos anos 1970, a VDM dispunha de centenas de fotografias de cristãos russos ou em campos de trabalho forçado. Publicamos fotos de templos sendo derrubados, sendo transformados em ruínas ou transformados em piscinas cobertas ou banheiros.

Enquanto os pastores falavam, um homem de sotaque eslavo, assentado algumas fileiras à minha frente, se colocou em pé e começou a gritar: "Mentiras! Estes homens estão contando apenas mentiras!". Os diáconos o arrastaram para fora do prédio, com os pés se debatendo no tapete.

Os pastores continuaram a mentir, afirmando que a distribuição de Bíblias não sofria qualquer tipo de interrupção. Enquanto isso, nós obtivemos uma filmagem da edição de Bíblias no porão de uma casa, utilizando uma prensa feita com peças de bicicleta. Os cristãos russos chegavam a ser presos por distribuir Bíblias. Membros da Sociedade Bíblica Europeia se recusaram a vender Bíblias para um de nossos escritórios, pois não queriam ofender os comunistas e prejudicar suas relações (relações essas que não tinham qualquer força para mudar a realidade). Mesmo assim, uma de nossas missões acabou editando as Bíblias na Escandinávia.

Hoje em dia, a história se repete. Parece que o grande jogo da mentira continua a ser jogado pelos regimes comunistas que dizem ter liberdade religiosa.

O caso de hoje: a China. Grandes nomes entre os cristãos do Ocidente são cortejados e bajulados pelas pessoas em enormes templos, com corais vestidos de toga, cantando belos hinos. Eles têm livre acesso à Igreja Movimento Patriótico da Tríplice Autonomia (fundada pelo governo ateísta). Os turistas voltam para casa ignorando o clamor de cem milhões de cristãos perseguidos que só podem se reunir para adorar às margens das leis comunistas. No dia 29 de outubro de 2008, nossos contatos descobriram que mais trinta e dois líderes de igrejas domiciliares foram encontrados em um único complexo prisional! Algumas das mulheres estavam na Prisão n° 1 da cidade de Zhengzhou. Mais de vinte homens e mulheres continuam presos na Prisão n° 3, na província de Henan, culpados por serem "membros de cultos malignos", que participavam de "reuniões religiosas ilegais”.

No dia 1° de novembro de 2008, na província de Hubei, os líderes da igreja domiciliar LiDuojia, Qiu Xiangying e outros cristãos estavam em uma plataforma na estação ferroviária de Jingmen quando foram espancados por vários oficiais à paisana da Secretaria de Segurança Pública. Foram algemados e detidos em um hotel, do outro lado da rua. As autoridades tomaram-lhes as Bíblias e disseram: "Nós perseguimos vocês, confiscamos suas Bíblias e o nosso objetivo é não permitir que vocês creiam em Jesus... Esta perseguição vai destruir completamente sua igreja, expulsar os missionários e dispersar os cristãos".

Durante o interrogatório, as autoridades agarraram os cristãos pelos cabelos e tiraram fotos deles à força, de todos os lados, e depois lhes tiraram as impressões dos dedos das mãos e dos pés.

Em 15 de dezembro de 2008, em Xinjiang, 3.280 quilômetros mais a Oeste, o Pastor Lou Yuanqi, da região autônoma de Uygur, foi julgado. Ele foi considerado "suspeito de utilizar superstição para minar a lei", porque organizava encontros com cristãos de igrejas domiciliares em sua casa. O Pastor Lou foi primeiramente detido no dia 17 de maio de 2008, à uma da manhã, na cidade de Qingshuihe, condado de Huocheng, região autônoma de Xinjiang Uygur. Durante a prisão preventiva, na véspera do Natal de 2008, o Pastor Lou já havia sido violentamente espancado durante a noite, por outros presos. Ele ficou tão gravemente ferido que os policiais tiveram de levá-lo para o pronto socorro do hospital.

Shi Weihan, dono de uma livraria cristã e líder de uma igreja domiciliar, foi preso no centro de detenção do distrito de Beijing Haidian, em 19 de março de 2008, por editar e distribuir Bíblias e outros livros cristãos. Ele podia ter ficado preso três anos, mesmo sem ter sido acusado formalmente. Sabe-se também que seu irmão foi espancado pela polícia por seu envolvimento na livraria.

Nossos amigos da China Aid Association, que atualmente obtêm a maior parte das informações sobre a perseguição, estão proibidos de participarem de conferências nos Estados Unidos, por causa do temor de que isso ofenda autoridades da igreja estatal chinesa convidadas, ou que "espiões chineses" compareçam às reuniões. Por isso, seja por medo ou bajulação, o concorrido jogo da mentira da religião comunista continua. Será que ainda não aprendemos o suficiente com a História, para enxergar tamanha hipocrisia? Jesus é o Senhor! Em todo lugar! Sempre! Sua compreensão do que seja glória é totalmente diferente daquela que a humanidade tem.

Revista A VOZ DOS MÁRTIRES, Janeiro / Fevereiro de 2010.
Caixa Postal, 651
80001 970 - Curitiba, PR
www.vozdosmartires.com.br

9 de abril de 2010

O DESAFIO DA EVANGELIZAÇÃO

Mateus 9.35;10.13

É comum se ouvir que os desafios à evangelização mundial são: a contra-ofensiva satânica, as culturas fechadas ao evangelho, a perseguição da Igreja, os escassos recursos econômicos e financeiros da Igreja, dentre outros. Entretanto, Jesus afirmou que as portas do inferno não prevaleceriam contra sua igreja em marcha (Mateus 16.18). Sendo assim, o maior desafio da evangelização é a mobilização dos evangelistas. O maior desafio da evangelização é a sensibilização dos cristãos para as necessidades daqueles que vivem sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo (Efésios 2.11-12). O maior desafio à evangelização mundial não está na seara, mas em encontrar trabalhadores para a seara. Jesus manifesta este grande desafio de três maneiras. Vejamos:

1. A motivação da evangelização é a compaixão (Mateus 9.36)

Somente aqueles que têm seus corações movidos pela compaixão se mobilizam na direção de atender necessidades. A parábola do bom samaritano (Lucas 10.29-37) revela um dado importantíssimo. Tanto o sacerdote quanto o levita viram o homem à beira do caminho, mas somente o samaritano “chegou perto” e se colocou na situação onde seu coração pôde ser movido pela compaixão. O desafio não é a multidão. O desafio é a ausência de gente compadecida da multidão. Missões não é fruto de informação. Missões é fruto de compaixão.


2. O público alvo da evangelização são as pessoas aflitas e desamparadas (9.36)

Jesus enxergava as multidões repletas de pessoas aflitas e desamparadas, cansadas e abatidas. A razão para isso é que eram “ovelhas sem pastor”. Afirmar que o desafio está na multidão é o mesmo que afirmar que o sedento está recusando um copo de água. O desafio não está na multidão. A multidão está clamando por respostas, gritando por socorro, suplicando por justiça, paz e alegria, que somente o evangelho do reino de Deus, no poder do Espírito Santo, pode satisfazer (Romanos 14.17). O desafio não está na multidão. O desafio está em capacitar a igreja para oferecer respostas às perguntas da multidão.


3. O desafio da evangelização é a escassez de trabalhadores na seara (9.37)

Jesus adverte que os campos estão prontos para a colheita, mas os trabalhadores são poucos. As multidões estão sem pastores, ou porque de fato não há pastores no meio das multidões (são poucos os trabalhadores para a seara) ou porque os pastores, que estão no meio das multidões, estão pastoreando a si mesmos. O desafio não está na multidão. O desafio é encontrar operários para a colheita, pastores para a multidão. O desafio está em fazer, os que têm a água da vida para oferecer, transcenderem o pastoreio de si mesmos, abandonando, assim, suas zonas de conforto para que possam pastorear as multidões.


Uma igreja que vive sob a promessa da vitória contra as portas do inferno, tem em seu próprio comodismo o maior adversário ao avanço missionário-evangelístico.

(Junta de Missões Mundiais)

Foto: vinaccconscienciacrista.blogspot.com

2 de abril de 2010

A HISTÓRIA DE ROSALINDA

Folheando uma antiga revista (infantil) da EBD, reencontrei "A História de Rosalinda" (Rosalind Goforth). Trazendo a história para o presente, desejo que você a leia também.

Esta é uma história real, a história de Rosalinda, uma criança canadense que viveu no século XIX. Ela e suas amigas iam todos os domingos à Escola Dominical em sua igreja. Ainda que Rosalinda ouvisse falar muito sobre Jesus, lhe parecia que Ele era alguém bem distante, uma personagem histórica. Num certo culto Rosalinda e suas amigas sentaram-se perto da entrada. Alfredo Sanden era o pregador. Ele usou como base João 3.16.

No princípio Rosalinda não acompanhava com muito atenção, porém à medida que o pregador falava a sua atenção aumentava. Pela primeira vez na vida Jesus parecia perto e real. Feito o convite, Rosalinda disse: “Eu creio em Jesus e quero aceitá-Lo como Salvador pessoal”. Rosalinda e suas amigas ficaram em pé. Então em seus rostos começou a brilhar uma luz que refletia a alegria de seus corações. “Por que ficaste em pé na frente de toda a congregação?”, perguntou sua tia; “ninguém em nossa família fez algo assim, não é costume entre os Bell-Smith uma manifestação em público”. Rosalinda estava completamente assombrada. “O pregador disse que se alguém quisesse ser salvo, que ficasse em pé, eu fiquei, pois quero a salvação. Agora estou segura de que estou salva”. “Tu”, continuou a tia, “tu não podes estar segura de que és salva, porque ninguém pode estar certo disto”. Toda a felicidade que envolvia Rosalinda desapareceu. Ela havia crido que o Senhor a receberia.

Na manhã seguinte Rosalinda despertou muito cedo, porém triste. Triste porque havia perdido a segurança de sua salvação. Tinha que descobrir na Bíblia Sagrada. Antes de ler, ela orou pedindo a Deus que mostrasse um verso que falasse sobre o seu problema. Lembrou-se da pregação e começou a procurar o verso lido pelo pregador. Por fim achou-o. Rosalinda alegrou-se muito!

Procurou sua tia e lhe mostrou o versículo encontrado. “Jesus está falando a pessoas adultas”, disse a tia. “Tu és pequena demais para saber se estás salva. Na tua idade nem sequer deverias pensar em religião”. Rosalinda ficou triste, um nó se formou em sua garganta. Ela resolveu não abandonar a busca na Bíblia e decidiu encontrar um versículo que falasse sobre crianças. “Quero saber com certeza se pertenço ou não ao Senhor Jesus”.

Ela lia a Bíblia e orava com aflição. Um dia encontrou algo, em Pv 8.17: “E me encontram os que cedo me buscam”. Claro, era cedo em sua vida, mas ela já havia encontrado o Seu Salvador. Era este o verso que procurava! Rosalinda ajoelhou-se agradecendo a Deus, pois sabia com plena segurança que estava salva e que as demais crianças podiam encontrar Jesus.

Os anos passaram e quando Rosalinda ficou adulta conheceu Jonatán Goforth que estava preparando-se para ser missionário. Casaram-se e foram para a China onde trabalharam por muitos anos servindo ao Senhor.