31 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - XIII

Evangelismo em Massa

Os métodos de ministrar a Palavra de Deus ao mundo são basicamente dois: evangelismo pessoal e evangelismo em massa.

O evangelismo em massa ocorre quando o evangelho é pregado a um grupo de pessoas, ou no templo, ou ao ar livre, praças, estádios. Com isto o evangelismo em massa não é somente as grandes cruzadas ou campanhas realizadas em lugares amplos, envolvendo a população de uma cidade, etc. Jesus pregou para as pessoas individualmente, mas também pregou para as multidões. Jesus deixou os métodos e a Igreja Primitiva usou-os eficazmente, vindo através dos séculos.

A evangelização em massa reapareceu há cerca de 200 anos atrás, através de João Wesley, George Whitefield. Na metade do século XVIII um grande mover do Espírito de Deus foi manifestado através do que foi denominado de “época dos acampamentos espirituais”. No século XIX, as reuniões debaixo de árvores tornaram-se populares. No século XX surgiram os nomes Campanhas ou Cruzadas Evangelísticas, centralizadas em igrejas locais, ou que abrangiam cidades inteiras.

Grandes pregadores marcaram a história da Igreja ao longo dos séculos. Dentre eles podemos destacar alguns:

Jônatas Goforth – Durante cinco meses (em 1896 na China) cerca de 25 mil homens e mulheres foram à sua casa para ouvir a pregação do evangelho. Em Kwangchow, durante quatro anos, o número de salvos aumentou de dois mil para oito mil membros. Em Shantung o avivamento foi tão grande que cerca de três mil membros foram acrescentados à igreja. Em Nanquim a multidão era de 1500 pessoas. “A massa de pessoas que desejava chegar ao estrado para confessar seus pecados foi tão grande que se tornou necessário construir outra escada... Subi de novo ao estrado às três horas da tarde para iniciar o segundo culto. Centenas de pessoas nesse momento começaram a vir à frente e por isso eu não podia pregar... Às nove horas da noite, seis horas depois de iniciar o culto, fui obrigado a me retirar e embarcar para Pequim onde os crentes me esperavam para outra série de cultos”.

Dwight Lyman Moody – O célebre ganhador de almas do século XIX. Moody ganhou cerca de 500 mil almas para Cristo. Foi numa das grandes campanhas feitas por Moody que cerca de cinco mil homens compareceram para acabar com os cultos. Os revoltados ocuparam todos os bancos. Moody pregou sobre o texto de Dt 32.31 (“A rocha deles não é como a nossa Rocha”) e deixou com eles para que julgassem quem tinha melhor alicerce sobre o qual podiam basear sua fé e esperança. Muitos começaram a chorar. No final da mensagem Moody convidou os homens para cantar. Todos cantaram. Nenhum deles se retirou. Em uma semana dois mil deles foram salvos.

Carlos Spurgeon – Chamado de “O Príncipe dos Pregadores”. Um dia foi chamado para pregar na Park Street Chapel, em Londres. O local era incoveniente para os cultos e o templo que tinha assentos para 1200 pessoas, era demasiado grande para os auditórios. Contudo havia um grupo de fiéis que nunca cessavam de rogar a Deus por um avivamento. Disse Spurgeon: “No início eu pregava somente para um punhado de ouvintes. Mas não me esqueço da insistência de suas orações... e o poder do Senhor nos sobrevinha. O templo se encheu de ouvintes e foram salvas dezenas de almas”. Ao mudarem de endereço os cultos eram muito concorridos chegando 12 mil pessoas dentro do templo e 10 mil pelo lado de fora. O maior auditório no qual pregou foi em Londres, em 1857, em 7 de outubro, quarta-feira, para mais de 23 mil pessoas. O cansaço foi tão grande após o culto, que fê-lo dormir até à sexta-feira seguinte pela manhã.

Billy Graham – “Considerado o maior evangelista do século XX, o pastor batista Billy Graham acaba de realizar uma Cruzada Evangelística no estado norte-americano do Texas. Afetado pelo mal de Parkinson, e com sua avançada idade, o pregador arrastou 255 mil pessoas que o ouviram falar durante três dias, um dos quais foi reservado a adolescentes e jovens. A diferença etária não foi impecilho, tanto que este foi o dia com o maior número de conversões. Além das campanhas evangelísticas, a conduta ética vivida por Graham e pelos integrantes de sua fundação chama atenção para esse ministério. Quando as arrecadações da Associação Evangelística Billy Graham, por exemplo, excedem a quantia necessária para pagar os missionários, o dinheiro é direcionado para missões locais” (notícia coletada).

Luiz Palau – Por ocasião das grandes transformações ocorridas na ex-União Soviética (nos anos 80), o que disse Luiz Palau, o grande evangelista argentino: “A glasnost tem permitido o evangelismo em massa. A Perestroika está permitindo a reestruturação de vidas. Não existe lugar no mundo onde o povo esteja tão faminto pelo evangelho como na Rússia”. Luiz Palau pregou para 40 mil soviéticos e destes 8.500 receberam a Jesus como Salvador (perestroika quer dizer reconstrução, glasnost quer dizer franqueza, transparência – que foram reformas políticas e econômicas liderada pelo presidente Mikhail Gorbachev).

Bertoldo Soares – Conhecido pastor gaúcho, que ainda está servindo ao Senhor, conduz por vários anos a Campanha Contudo Ainda Há Uma Esperança. Seu trabalho itinerante, marcado pela simplicidade, mas profundo no conhecimento bíblico, ao longo de muitos anos, resulta em muitas conversões e edificação de quem ama ouvi-lo. “Tive o prazer de desenhar as capinhas dos cassetes com mensagens e estudos para o Pastor Bertoldo” (I.R.).

Celso Lopes dos Santos – Conhecido missionário brasileiro dos anos 70, falecido em um acidente de avião no ano de 1981. Foi muito estimado pela Igreja no Brasil, por onde andou de norte a sul deste país, pregando a Palavra de Deus em cruzadas evangelísticas com sinais e curas, prodígios e maravilhas.

Fotos: Celso L. dos Santos e cartaz de Campanha (de uma igreja local).

30 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - XII

A Escola Bíblica Dominical

Motivos muito importantes do porquê freqüentá-la assiduamente:


É onde o aluno estuda sistematicamente a Palavra de Deus, aprende a ter uma vida cristã genuína e se prepara contra as heresias.

É onde se ensinam os princípios básicos da fé, que levam o aluno a uma vida vitoriosa, e Cristo é gerado em cada novo convertido.

É onde a criança forma o caráter, o jovem se prepara para o futuro e o adulto alcança a maturidade cristã.

É onde pais e filhos fortalecem o relacionamento, crescem na disciplina e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.

É onde se descobrem novos talentos para o ministério cristão e a Igreja fortalece a sua comunhão.

É onde se enfatiza a visão evangelística, revelada no Calvário, e aprende-se a amar a obra missionária (CPAD).

Quantos obreiros saíram de nossas escolas dominicais! Pastores, missionários, professores, evangelistas! É necessário, mais do que nunca, valorizarmos a maior agência missionária que temos em nossas igrejas.

28 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - XI

Equipes de Evangelismo

Aquele que foi salvo, foi salvo para servir, levar o conhecimento de Jesus Cristo aos outros através da evangelização eficiente. Precisa ter o desejo de trabalhar com evangelização, interesse total pelo trabalho, ser de confiança, estar apto a ouvir e a obedecer, ser sóbrio e maturo. As grandes igrejas dividem a obra de evangelização, com seu departamento aparelhado, em equipes que atenderão o seguinte: lares, literatura, hospitais, presídios, cultos diversos, visitação, entre outras. O departamento deverá possuir uma diretoria formada por irmãos preparados para a obra. Essa diretoria não é separada da diretoria geral da igreja. A equipe, ou departamento de evangelização também não é uma igreja. Deve ter também alguém responsável pela parte material, como estoques de literatura, locomoção. Se as pessoas não podem vir à igreja, a igreja deverá ir a elas.

26 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - X

O Evangelismo Pessoal

Começou com Jesus, com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó, Jo 4.7. Filipe exerceu, como vimos, o evangelismo pessoal, viajando ao lado do eunuco, etíope, na sua carruagem, At 8.29. É importante sabermos que o batismo em águas é o ponto final da evangelização. A partir disto o evangelismo pessoal passou a ser uma obra espiritual apreciável.

Uma análise de 1Ts 1.5-10 - O evangelho veio em palavras e em poder. Muitas vezes as palavras não bastam, em se tratando de palavras humanas e pouco das palavras bíblicas. Os sinais de Deus corroboram o poder e a verdade da Palavra. Por isso, é preciso também os sinais, sinais do poder divino. O evangelho foi pregado no Espírito Santo e em muita certeza. Paulo estava convicto da veracidade e relevância da mensagem pregada. No Espírito Santo, porque a verdade da Palavra, a convicção com que ela é pregada e o poder de impacto, tudo vem Dele. Uma pregação autêntica precisa da verdade, convicção e poder.

Recebendo o Evangelho – Os irmãos tessalonicenses receberam o evangelho abaixo de sofrimento e oposição. É porque Satanás odeia o evangelho e os que o anunciam. Mas a perseguição não arrefeceu a fé dos irmãos. Receberam a Palavra com alegria, inspirada pelo Espírito Santo. A alegria é uma virtude do Espírito Santo. Na verdadeira pregação a alegria dos que ouvem a Palavra é um fato. Há alegria no meio do povo de Deus, At 8.8,39 e entre os anjos de Deus, Lc 15.7,10.

Os convertidos seguiam o ensino e o exemplo dos apóstolos e de Cristo – “vós sois nossos imitadores e do Senhor”. Os imitadores agora são por sua vez imitados – “vós fostes exemplo para todos os crentes”. “Porque para vós soou a Palavra do Senhor”. A palavra soar quer dizer “som, estrondo, repicar de sinos, cítara, trombeta e outros barulhos”. O evangelho é comparado a esses sons. Soou o evangelho, e isto acontecerá até que Jesus volte. Quando acontecer o toque da última trombeta (o último som do evangelho), Jesus virá.

25 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - IX

O Evangelista

Barclay disse: “É a milícia missionária da Igreja”. O Evangelista é dominado por uma ardente paixão de pregar o evangelho aos perdidos. O amor de Deus o constrange. Ele exclama: “Ai de mim, se não anunciar o evangelho”, 1Co 9.16. Seu ministério não é de um lugar só. Ele vive viajando, via de regra, de um lugar para outro, de um país ao outro. Ele exerce um trabalho itinerante. Por vezes Deus opera grandes avivamentos através dele, At 8.5-13. Alguém disse que “a obra do evangelista termina onde começa a obra do mestre e do pastor”. O Evangelista leva as pessoas a Cristo, estas fazem parte da Igreja, onde há um pastor que as apascenta e um mestre que lhes dá o ensinamento. O Evangelista, nesta altura, já está lá adiante! Ele se sente inspirado a ir onde o Espírito Santo o impulsiona, At 8.26-28. Paulo disse a Timóteo: “Faze a obra dum evangelista”, 1Tm 4.5. O evangelista foi também dado à Igreja para o “aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do corpo de Cristo”, Ef 4.11,12.

24 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - VIII

Todo Ganhador de Almas

Deve ter experiência pessoal de sua salvação, deve estar preparado para responder a cerca de sua fé, deve ter vida cristã de boa fama, deve conhecer a Bíblia Sagrada, deve ser persistente, nunca desistir. Muitas vezes os evangelizadores são extremamente provados, exemplificando, a perda, roubo ou queima de seus folhetos, estragos em seus meios de locomoção, enfermidades.

Deve ter consciência quanto à rejeição ao seu trabalho ou perseguição. O obreiro deve orar para poder vencer as investidas do inferno que tentam atrapalhar ou atrasar o serviço evangelístico.

Deve orar para saber quem deverá ser a próxima pessoa a ser evangelizada, ou qual bairro onde distribuirá seus folhetos, ou qual rua. Todo trabalho de evangelização exige que o evangelizador ore para ser orientado pelo Espírito Santo. Filipe é um caso típico de obreiro que foi orientado pelo Espírito Santo. Certa jovem, ao encontrar a salvação em Jesus, em sua imensa alegria decidiu que todos deveriam provar sua grande experiência. De posse de muitos folhetos saiu com tal intenção. No caminho ela foi alertada pelo Espírito Santo: “Eu te direi para quem deves entregar a minha Palavra”.

Princípios básicos no evangelismo pessoal – Apresentar Cristo no poder do Espírito Santo, amor, mensagem simples; deixar os resultados com Deus. No evangelismo pessoal, o evangelizador não deve fazer propostas para as pessoas se converterem. Um certo pregador ofereceu um presente a uma mulher para ela aceitar a Jesus como Salvador.

Alguns argumentos das pessoas – Se consideram boas, qualquer religião serve, para ser salvo não é preciso ir à Igreja, sou um pecador, mais tarde me decidirei, todos serão salvos, sua Bíblia não é igual a minha, a Bíblia foi escrita por homens, o papel aceita tudo, não creio em Deus, ninguém segue o que está escrito na Bíblia, há muitas religiões, não entendo a Bíblia, qual é a verdadeira religião?

Afinal, quais são os problemas dos homens? – Os mais sérios: Vazio espiritual, solidão, falta de determinação e propósito, falta de autodomínio, medo da morte, desejo de paz interior.

Um exemplo de evangelismo pessoal
CAMPANHA IDE ANUNCIAI – Muitos irmãos ainda se lembram do Evangelista Jecson Farias de Souza.
Esse irmão, que hoje não temos notícia dele, fez um rico e abençoado trabalho de evangelismo pessoal. Ele presidiu a “Campanha Ide Anunciai”, fundada em 1979. A evangelização pessoal era o seu ponto mais importante. Por ocasião do primeiro aniversário da Campanha, a Igreja Assembléia de Deus de Passo Fundo, RS, realizou três noites de cultos evangelísticos e também estudos bíblicos. Oitenta irmãos foram batizados com o Espírito Santo, mais de cem pessoas aceitaram a Jesus como Salvador e dezenas de enfermos foram curados. O diretor da Campanha, Evangelista Jecson, apresentou um relatório do trabalho efetuado no primeiro ano: 200 mil folhetos; 336 mil folhetos vindos de outros países para a distribuição; 612 pacotes de folhetos enviados a 155 cidades brasileiras; 696 cartas para desviados; 1271 cartas com folhetos para os não crentes; 3563 cartas às igrejas comunicando o trabalho; 38 campanhas evangelísticas e 1100 decisões. No segundo ano o relatório foi o seguinte: 16.725 cartas de evangelização; 1.421 pacotes de folhetos para mais de 600 cidades brasileiras; 1.413 cartas a desviados; e muitas pessoas se decidindo em servir a Jesus. O irmão Jecson conta que muitas maravilhas Deus realizava em seu favor, suprindo suas necessidades, pois não tinha trabalho secular, sendo que fora chamado para viver exclusivamente para o Senhor. “Tive o privilégio de desenhar o logotipo da Campanha Ide Anunciai, para o irmão Jecson: o mapa do Brasil com quatro folhetos abertos nos quatro cantos do mapa” (I.R.)

22 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - VII

Formas de Evangelismo Pessoal

São várias. Algumas delas são bem conhecidas:


Encontros – Em lugares públicos, como ruas, praças, ônibus, estádios e muitos outros.

Visitas – Nos lares, nos hospitais, presídios, asilos, orfanatos.

Folhetos – Podem ser entregues nos lugares acima, durante uma visita ou durante um encontro. Existem folhetos para todos os temas, nas diferentes épocas do ano.

Cartas – O correio é uma forma eficaz na remessa de cartas para quem conhecemos. Pode-se mandar imprimir uma carta, tipo circular, para, no caso, ganhar tempo e agilizar o evangelismo. Os que pouco talento tem de realizar um outro tipo de evangelismo, usam cartas em seu trabalho de evangelização. Junto à carta pode ser remetido um folheto escolhido. As cartas podem ser direcionadas também a empresários, com uma mensagem especial, aos desviados, donas-de-casa, viajantes, drogados.

Telefone – Um modo prático de anunciar o evangelho. O evangelizador dá o motivo da ligação e pergunta se a pessoa do outro lado da linha deseja ouvir uma mensagem evangelística. Ou, quando alguém liga para o evangelizador, ouve uma mensagem pré-gravada. Existem também os serviços de tele-mensagem (evangelística) – quando alguém deseja que seja entregue um mensagem a um amigo, a um aniversariante.

Jornal – Outro modo prático de evangelismo, um evangelismo silencioso. O evangelizador apenas distribui o jornal entre as pessoas, pelo correio, de casa em casa. O jornal pode ser sustentado pela igreja local, ou por anunciantes. Se se trata de evangelização, o jornal não pode ser vendido. Sua distribuição é gratuita.

Cartões, marcadores de livros, etc – O cartão postal colorido com versículo bíblico é uma bela maneira de evangelização, bem como os marcadores de livros. É uma das formas mais agradáveis de evangelizar. Há pessoas que fazem grandes coleções de cartões postais. Todos nós gostamos de receber um cartão postal.

Novos Testamentos, livretos – Os Novos Testamentos e os livretos coloridos em tamanho miniatura são bem receptivos. Quantos têm se convertido ao Senhor ao lerem o Novo Testamento! Um livreto com uma mensagem impressa pode motivar o leitor a procurar a salvação. Há mais de 100 anos os Gideões Internacionais imprimem o Novo Testamento e os distribui no mundo todo.

Figurinhas – Geralmente essas figurinhas coloridas com versículos bíblicos, que retratam paisagens, animais domésticos, flores, com versículos bíblicos, são distribuídas às crianças, em quem notamos grande prazer. Na fase adulta, jamais esquecerão essas coisas boas, e guardarão também a Palavra de Deus. Aquele verso bíblico pode fazer a maior diferença em suas vidas!

Música – Aos que amam a música, podem aproveitar o bom gosto para presentear os amigos com CDs de música que falam da salvação.

Teatro – Teatro de rua, teatro de fantoches para crianças, apresentações ou jograis, tudo tendo como tema a salvação de Jesus, aos adultos e às crianças.

Internet – Uma forma sofisticada de pregar o evangelho. Quantos dos nossos irmãos se ocupam disto! Quantas respostas!

Alto-falantes – Há quem use o alto-falante no carro, numa bicicleta, num caminhão, numa árvore, para tocar hinos e pregar a Palavra. Sempre há quem possua bom gosto por este tipo de evangelização.

Cursinhos – São enviados pelo correio. São divididos em lições. O evangelizado faz os testes e recebe um certificado de conclusão. Quem tem gosto por este tipo de evangelização pode até aprimorar os cursinhos, colocando capinhas, criando logotipos, cartões de apresentação, envelopes personalizados e lembrancinhas.

Camisetas com versos bíblicos – Muito comuns, utilizados por jovens na evangelização. Aqui entram também os bonés. Os Semeadores da Sociedade Bíblica do Brasil usam essas camisetas e bonés.

Faixas, cartazes, letreiros em muros, painéis, “out-door” – Formas práticas de evangelização. Facilidade na visualização.

Rádio e televisão – São meios eficazes que alcançam as massas, porém a evangelização pelo rádio e pela televisão deve ser pessoal.

CD Rons – Hoje em dia as pessoas são muito afoitas ao computador. Os CDRom's com a mensagem da Palavra de Deus, gravuras, fotos, música, ou até mesmo cursos bíblicos, são ótimos para este momento. Os CDRom's podem ser produzidos nos computadores, em casa mesmo, bastando a utilização de programas apropriados (Visual Basic, por exemplo).

Os Temas Usados - São os mais diversos possíveis: Ano Novo, Páscoa, Finados, Crianças, Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal, e muitos outros.

21 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - VI

Ganhar Pessoas Individualmente

O evangelho pessoal é isso, ganhar almas, individualmente. Muitas delas são como a ovelha perdida, outras são como a moeda perdida, outras como o filho pródigo (Lc 15).

A ovelha perdida – estava perdida, sabia que estava perdida, mas não sabia voltar.

A moeda perdida – estava perdida, não sabia que estava perdida e muito menos sabia que era preciso voltar.

O filho pródigo – estava perdido, sabia que estava perdido, no entanto, sabia voltar.

O pastor da ovelha perdida, a mulher, dona da moeda e o pai do filho pródigo encontraram os seus referidos perdidos pessoalmente.

O evangelismo pessoal não trata exclusivamente em falar de Jesus para uma pessoa numa esquina qualquer, que não está errado. No entanto este não é o único modo. Amanhã veremos algumas das formas da evangelização pessoal.

20 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - V

O Evangelismo Pessoal

Cada crente salvo tem sua missão. Como falamos, cada um tem uma forma diferente de fazer a obra do Senhor. Na Palavra de Deus podemos ver em Filipe o evangelista cujas qualidades sãos as normas que o Espírito Santo poderá desenvolver em todos nós:

Obediência – “E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E levantou-se e foi...”, At 8.26, 27 a.

Comunicação – O Espírito Santo achou com quem Ele pudesse se comunicar. At 8.29: “E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro”.

Diplomacia – Os pés de Filipe são velozes para obedecer ao Espírito Santo. At 8.30: “E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaias e disse: Entendes tu o que lês?” O eunuco conseguiu ganhar a simpatia de Filipe, convidou-o a subir e sentar-se junto dele. Diplomacia: tratar com delicadeza ou finura.

Conhecimento das Escrituras – At 8.35: “Então, Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus”. No evangelismo pessoal, o evangelizador tem por obrigação de conhecer a Palavra de Deus.- Autoridade – At 8.37: “É lícito, se crês de todo o coração”, palavras ditas ao eunuco ao ter pedido a Filipe: "Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?” (verso 36). Filipe pôde dizer ao Eunuco que o seu batismo era lícito, uma vez que tinha toda autoridade para anunciar o evangelho.

Humildade – At 8.39: “E, quando saíram da água, o Espírito Santo arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco; e, jubiloso, continuou o seu caminho”. O eunuco achou-se sozinho; daquele momento em diante dependeria somente do Senhor. Era preciso que Filipe desaparecesse (simbolizando a humildade) para que Cristo aparecesse ao eunuco.- Usável – Filipe, voltando do arrebatamento, se achou em Azoto, usado por Deus! “... e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia”, At 8.40. (O arrebatamento de Filipe foi de um lugar para o outro).

19 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - IV

Tipos de Evangelismo

A palavra estratégia tem a ver com o militarismo, que é a “arte de planejar e executar movimentos e operações de tropas, navios, aviões visando a alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos” (dicionário Aurélio). No evangelismo podemos dizer que, estratégia é a “arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos”; “arte de explorar condições com o fim de alcançar objetivos específicos” (Aurélio).Que condições ou que meios disponíveis podemos aplicar no evangelismo?


Evangelismo Eficiente - O evangelho de Jesus é sempre eficiente, o Evangelismo nem sempre. Alguém poderá fazê-lo de forma errada. Para o evangelismo ser eficiente, o evangelizador ou o evangelista precisa ser transformado por Cristo, ter chamada e exercer sua missão. A forma como o evangelizador vai evangelizar vai depender da sua vocação ou do talento recebido. Nem todos os evangelizadores têm o mesmo talento, embora sejam de fato evangelizadores.

Evangelismo Agressivo - O evangelho de Jesus não usa a agressividade, desrespeitando a alma perdida. Evangelho agressivo é a forma que se usa para dizer que o trabalho de evangelização não é uma tarefa passiva. O evangelizador não pode ser imprudente ou impulsivo, chegando a ter falta de paciência com as almas, mandando-as para o inferno, sem explicar o que é a perdição ou o que é o inferno. Jesus demonstrou amor e o mesmo o evangelizador deve ter.

Evangelismo Bíblico - É preciso pregar a Bíblia Sagrada. É melhor darmos para o perdido um versículo que seja, que fale da necessidade da salvação, do que falarmos demais palavras que são exclusivamente nossas e que pouco irão ajudar. A eficiência de um versículo só fará o que as muitas palavras não poderão fazer. Os folhetos produzidos pela Sociedade Bíblica do Brasil contém somente versículos da Bíblia. As mensagens pregadas, usando nosso vocabulário, devem ser inspiradas e baseadas em versículos bíblicos.

Evangelismo Apaixonado - As almas devem ser amadas. Assusta ao perdido ouvir o evangelizador dizer: “Já falei toda a verdade, agora estou livre do teu sangue!”. Ao que chorava, Jesus dizia “Não chores”; ao que temia, Jesus dizia “Não temas”. Jesus via as almas, amava-as e salvava-as. O fundamento continua sendo o amor de Deus. Se nos faltarem as palavras, oremos. Se não tivermos talento, Deus terá compaixão de nós e usará outra forma para evangelizarmos, conquanto que, o que tivermos que fazer seja com gosto, com amor.

Evangelismo Específico - São os evangelismos especializados. Por exemplo: o evangelismo para universitários poderá ser feito por universitários crentes. Professor crente para seus colegas não crentes. Juízes, advogados, médicos, agricultores crentes para colegas não crentes. Outros evangelismos especializados: irmãos que evangelizam nas prisões; irmãs que evangelizam durante o dia nos lares, ou irmãos que evangelizam famílias, nos lares, à noite (os maridos estão em casa); grupos que evangelizam nos hospitais, nos quartéis. Estas e outras estratégias poderão ser usadas. As estratégias devem ser bem dosadas com sabedoria, sem invasão de privacidade, sem desrespeito para que não haja a fuga da pessoa, ou pessoas, que estão sendo evangelizadas. A primeira grande coisa que o evangelizador deve fazer é conquistar a amizade das pessoas, tornando-se um amigo, sem misturar-se com as práticas mundanas. Jesus comia com os pecadores, mas não praticava os seus pecados. Os pecadores e os seus pecados nunca contaminaram Jesus. O que Jesus queria era a alma deles. Assim deve ser o evangelizador. As garças que se entram no banhado mantém suas penas sempre limpas.

18 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - III

As Obrigações do Semeador

Planta a boa semente da Palavra de Deus no coração dos pecadores, Lc 8.11; 1Co 3.7; Ec 11.6. É preciso plantar a verdadeira semente, a Palavra de Deus, e não discursos ou palavras que nada valem. Aqueles que semeiam contendas entre irmãos, ou aqueles que difamam a obra do Senhor para o ímpio, semeiam sementes venenosas – não é uma boa semente.

Rega a boa semente, 1Co 3.7, até que ela cresça, Ec 11.6. O novo convertido precisa ser assistido, para que não morra. A plantinha nova precisa ser regada continuamente, até que cresça e viva por si mesma, alimentando-se do sol e dos meios em que o ambiente a favorece.

Ora pela almas, Ez 22.30. Alguém um dia orou pela alma do então semeador, o ganhador de almas. Assim ele fará, da mesma forma, quando orar pelas almas perdidas.- Sofre por Jesus, Mt 5.11,12; At 21.12; 5.41,42. O semeador, quando encarregado de pregar o evangelho em terrenos dificultosos, enfrentará sofrimentos que, certamente, virão ao seu encontro. Ao deixar a família, o lugar onde nasceu, sua cidade, para viver num lugar distante, só isto já se torna também num tipo de sofrimento.

Faz a colheita de almas, Jo 4.35. Todo aquele que semeia a boa semente, ainda que demore semeando, haverá de colher o que semeou. Os grandes trabalhos que hoje dão muitos frutos são resultados de longos tempos de semeadura. O semeador que semear pouco vai colher pouco. A abundância ou não da colheita sempre é proporcional à quantidade semeada.

É fiel, Tg 1.12; se preocupa com as almas, 1Ts 3.4,5. Sempre haverá o perigo do inimigo roubar a semente semeada no coração daqueles que foram ganhos para Jesus. O inimigo nunca dorme, sempre está à espreita tentando tirar do coração das pessoas o que de bom e de melhor elas receberam.

A Noite Vem


“A noite vem quando ninguém poderá trabalhar”, Jo 9.4.

As noites que Deus criou no princípio foram para o descanso físico do homem, para que, no amanhecer, ele estivesse revigorado para um novo dia de trabalho. A noite, biblicamente falando, fala do tempo em que as oportunidades de pregar o evangelho terão fim. Seja por meio das perseguições, seja no fim desta presente dispensação, a dispensação da Graça. “Lança o teu pão”, Ec 11.1.

Fala do sacrifício do semeador.“... tempo e fora de tempo”, Ec 24.2

Fala daquele que tem tempo para fazer a obra do Senhor e daquele que não tem tempo também. “E disse o Senhor: Qual é, pois o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim”, Lc 11.42,43.

14 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - II

O trabalho e o Tempo

Jesus, o Evangelista, teve as seguintes características: diligência (não deixava passar as oportunidades), paciência e determinação, compaixão (entusiasmo não é compaixão), espírito de sacrifício, concisão (Jesus não ficava questionando assuntos prolongados e nem polemizava, ele ia direto ao que devia ser dito), compreensivo em perdoar, gozo, dinamismo.


O Trabalho de Ganhar Almas - O trabalho de ganhar almas é o mais compensador que existe. É um trabalho que terá repercussões na eternidade. É uma obra que tem origem no coração de Deus e todo crente tem o privilégio de realizá-lo.

O que o trabalho de ganhar almas é
- é um dever, 2Tm 4.2.
- é um privilégio, Jo 20.21.
- é uma obrigação, 1Co 9.16.
- é um mandamento, Mc 16.15.
- é uma responsabilidade, Ez 33.7,8.
- é um desafio, Mt 18.12,13.
- é uma oportunidade, “Porque não pudemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
- é um trabalho efetivo, 1Ts 2.9.
- é fruto espiritual, Jo 15.16.
- é condição para o crescimento da igreja, At 2.47.

O Tempo Presente - O tempo presente, hoje, é para irmos aos vales sombrios da humanidade onde jazem milhões, desiludidos e sem esperança. Satanás sabe que Jesus é o grande vencedor e ele, querendo compensar sua derrota, trabalha seriamente, com astúcia e voracidade, para levar consigo a humanidade inteira para o inferno. Ele sabe que não há remédio para o seu estado de perdição; não tem nada a ganhar estando perdido. Sua intenção é destruir os homens.E nós? Temos que ficar atentos. Temos uma missão. A tarefa é para todos os crentes salvos. O Senhor dará sabedoria aos vocacionados e guiará ao campo onde saberão semear a boa semente, a nova de salvação. Deus não fará avivamento algum em igreja alguma onde os membros estão negligentes à obra missionária. Todos os avivamentos têm a ver exatamente com a obra missionária. Que tipo de avivamento é aquele que não desperta o sentimento por missões?

O evangelismo é a missão para o crente que está convicto de sua salvação e cujo coração arde pelos perdidos. Os crentes que evangelizam não estão mortos, porque aqueles que evangelizam vivem a ressurreição de Jesus. Nunca serão covardes, porque aqueles que evangelizam receberam poder para testemunhar. Nunca serão humilhados, porque aqueles que evangelizam têm a glória do Cordeiro de Deus. Nunca serão vazios, pois estão sempre buscando sabedoria para ganhar almas.O Espírito Santo impulsionou os primeiros cristãos para a evangelização. Os primeiros cristãos cumpriram com essa missão, mesmo com o sacrifício de muitas vidas. Hoje, com o aumento da população, a nossa missão não diminuiu. Ou evangelizemos ou milhões se perderão no abismo. Deus podia ter enviado anjos, mas desejou usar os seres humanos. Se visitarmos um prisioneiro, Cristo fará o mesmo através de nós. Do contrário, Cristo não irá. Deus não tem outro meio para salvar os perdidos, a não ser que Ele nos use.

12 de maio de 2009

Missões e Evangelismo - I

O Evangelismo - Conceitos Colhidos

“Evangelismo é o conjunto de atos que se praticam na anunciação das boas-novas” (Temóteo R. de Oliveira). “Senhor, perdoa-nos, por olharmos para o mundo com os olhos secos”, Laubach. “A evangelização do mundo não depende do elevado número de obreiros, e sim, do brilho intenso de suas vidas, que ardem e se consomem no trabalho do Senhor”, Morenger. “O resultado real do evangelismo não é quantos entram no templo para adorar, mas quantos saem para servir”, Anderson. “Evangelizar é apresentar Cristo Jesus a homens pecaminosos a fim de que, mediante o poder do Espírito Santo possam aproximar-se de Deus, depositando nele a sua confiança, aceitando-o como seu Salvador e servindo-o como seu Rei, na comunhão da sua Igreja”, J. I. Parcker.


O Plano de Deus - Num determinado momento da eternidade, antes de criação de todas as coisas, um plano de salvação de pecadores foi o assunto que dominou o coração de Deus. Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, o Deus trino e eterno, concordaram com esse plano, que foi incluído entre os grandes planos. Cada coisa foi planejada. Cada detalhe da criação foi, com amor divino, colocado em pauta. Nada foi esquecido. Deus planejara o homem. Deus planejara a criação de um ser que deveria alegrar o Seu coração. Não havia homem antes. Ninguém existia, ninguém tinha consciência de uma existência que surgiria. Dentro dos projetos de Deus, haveria o plano de redenção para esse mesmo homem a ser criado.Deus sabia que haveria queda, destruição, morte. Deus sabia que a humanidade entraria em ruínas. Deus sabia que muitos sofreriam as conseqüências do pecado. Deus sabia. Incluiu, então, nos projetos a redenção.

O Plano Consistia - Em que o Pai enviaria o Filho ao mundo para redimi-lo, 1Jo 4.10; Is 53.12. Em que o Filho viria voluntariamente ao mundo para ganhar a salvação por sua obediência até à morte. “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”, Jo 17.4 (a oração de Jesus pelos seus discípulos). Tal obra foi a redenção do homem, pelos méritos de Jesus Cristo. Em que o Espírito Santo aplicaria a salvação aos pecadores, trazendo-lhes a graça salvadora, Jo 14.26; 15.26. O Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo.

É Muito Importante - A evangelização não somente abrange alcançar os perdidos, mas também os crentes da Igreja, porque cabe a todos, salvos e perdidos, ouvirem o evangelho, Rm 15.29 (“E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo”). A bênção do evangelho de Cristo é a mensagem que edifica o crente, impulsionando-o a nunca desistir, mas prosseguir com fé, ousadia e coragem o caminho da salvação recebida. Na verdade, o crente deve, a cada dia, ter o prazer de alimentar a sua alma com a Palavra de Deus. Deve procurar, sempre, fortalecer-se espiritualmente. Na falta da Palavra, na falta da oração, na falta da comunhão com Deus, o crente tende a enfraquecer na fé e, por fim, desviar-se. O desvio do caminho é sinal de pouco interesse que ele tem para com as coisas de Deus.


Os irmãos primitivos mantinham um autêntico evangelismo, pleno em seu conteúdo, pleno em seu alcance. O evangelismo visava alcançar três classes de pessoas: Os não convertidos, Hb 4.2; Gl 3.22 e Rm 10.8. Os desviados, Jd 20-23. Os convertidos, para edificá-los na fé. O método era o ensino, o estudo bíblico. Os seguidores de Jesus eram conhecidos por discípulos. Os discípulos eram alunos que ouviam os ensinamentos. Jesus, em sua missão de anunciar a Palavra, 1º) ensinava; 2º) pregava e 3º) operava milagres, sinais, prodígios e maravilhas, Mt 9.35. Podemos observar que, no ministério de Jesus, o ensino sempre foi a parte mais enfática. O interesse de Jesus era que os seus ouvintes aprendessem os mistérios de Deus, os caminhos da salvação.

A base da evangelização está em Deus e não no homem. Dizer que evangelizar é igual a ganhar almas é desconhecer que a evangelização é um trabalho mútuo de equipe: o evangelizador e o Espírito Santo. Não é o homem que converte as pessoas. O homem pode até fazer com que as pessoas descubram que são pecadores e carentes da glória de Deus, mas é o Espírito Santo que realiza as conversões. O homem prega, o Espírito transforma o pecador. A natureza da evangelização é entrega das boas novas; é dar oportunidade às almas para elas decidirem os seus destinos.

Barreiras que Impedem o Evangelismo -
Pecados não confessados, falta de certeza da salvação, falta de preparo espiritual, medo (de não saber dar respostas, vergonha de compartilhar sua fé, pecados não confessados), falta de treinamento. (I. R.)

11 de maio de 2009

A Vigília dos Cem Anos

Alguém de certo estranhará o título desta mensagem. Mas foi isto exatamente o que aconteceu numa pequena vila da Saxônia, na Alemanha, chamada "Hernnhut", que significa "A Vigilia do Senhor". O nome foi dado por um grupo de crentes que ali formaram uma colônia de refugiados em virtude de perseguição em sua terra, a Morávia, Checoslováquia, também chamada Boêmia. Eram remanescentes de um avivamento liderado por João Huss, padre católico que se influenciou com as doutrinas de João Wycliff, da Inglaterra; as quais enfatizavam a autoridade das Escrituras. João Huss começou a traduzir tais obras, mas teve de fugir da capital, Praga. Depois, apesar do salvo conduto do Imperador Sigismundo, compareceu ao Concilio de Constança para responder por suas supostas heresias. Foi aprisionado. Chamado a renunciar suas crenças, recusou categoricamente. Condenado à morte, foi queimado vivo na fogueira, em praça pública, no ano de 1415. Desapareceu o líder, mas o movimento continuou apesar das muitas perseguições que obrigaram os fiéis a procurarem refúgio onde pudessem. Foi assim que, 300 anos depois, um grupo deles apareceu nas terras de um jovem de 22 anos de idade, o conde Zinzendorf, fervoroso crente em Jesus, que os acolheu. Entre os crentes havia luteranos, batistas e também da Igreja Reformada. O jovem conde deu prova de um verdadeiro herói espiritual.

O Avivamento em Hernnhut - Desde a idade de 16 anos, o conde se distinguira como universitário e na formação de locais de oração, tática esta que aplicou em Hernnhut. No dia 12 de maio de 1727 foi celebrado solenemente o famoso “Pacto Fraternal", com inteira dedicação ao Senhor e ao estudo assíduo da Bíblia. Pequenos grupos se reuniam diariamente para a oração. O resultado foi um grande avivamento quando o espírito de intercessão tomou conta de todos os presentes. Até as crianças foram envolvidas no extraordinário movimento espiritual que sacudia a vila de Hernnhut. Oravam até altas horas da noite. No dia 27 de agosto, firmados na lembrança do fogo do altar do Tabernáculo 24 irmãos e 24 irmãs iniciaram a famosa vigília horária, dia e noite, semana após semana, que durou mais de cem anos, sem parar. Parece que em toda a história do Cristianismo nunca houve coisa igual. Assim, distante de qualquer orientação carnal, foram verdadeiramente inspirados pelo Espírito Santo, e tudo prosseguia sobre os moldes dos genuínos avivamentos, como no Dia de Pentecostes, na Igreja Primitiva, onde até a casa em que estavam reunidos tremeu (At 4.31). Hoje falamos muito em avivamentos. Queremos a evangelização do mundo. Há muitas organizações que a isto se dedicam. Porém a maneira mais certa para a evangelização do mundo é a descoberta do poder da oração e da intercessão.

Os Resultados do Avivamento - A dissensão tornou-se desconhecida entre os crentes. Zinzendorf escreveu que “todo o lugar tomou o aspecto da visível habitação de Deus”. E a oração constante era mantida, dia e noite, a favor de um avivamento em todo o mundo, era uma chama que ardia até na alma das crianças. Todos do grupo eram bem jovens. Dentro de seis meses de vigília foram impulsionados a enviar missionários para as Ilhas do Mar das Antilhas, Groenlândia, Turquia e Lapônia. Surgiram as dúvidas, mas Zinzendorf insistiu. Vinte e seis morávios ofereceram-se como voluntários para a evangelização do mundo. As proezas da fé e a coragem constituíram os monumentos mais auspiciosos na história da Igreja. Nada pôde, pois, segurar Zinzendorf e seu grupo de intrépidos soldados de Cristo. Prisões, naufrágios, perseguições, zombarias, epidemias, pobreza e ameaças de morte não os puderam deter.

Os primeiros missionários chegaram às Antilhas em 1732, e, no decorrer dos dois anos seguintes, 22 desses morávios morreram. Outros vieram substituí-los. Um dos primeiros foi Frederich Martin. Ele e os companheiros foram presos por pregarem aos negros, permanecendo encarcerados por três meses. Mas uma atitude exemplar os distinguiu quando se deram intensamente à intercessão, como Paulo e Silas na prisão em Filipos. E um número de 700 convertidos reuniu-se o mais perto possível da prisão para cantar hinos e ouvir sermões inspirados dos dois denodados pastores. E surgiu um glorioso avivamento. Foi quando, inesperadamente, chegou o conde Zinzendorf a bordo de um veleiro, na sua primeira viagem missionária, acompanhado de dois casais que vinham reforçar o número de obreiros. Ao aproximar-se da Ilha, disse o conde aos novos missionários: “E se não encontrarmos ninguém? Se todos os missionários tiverem sido assassinados?”. A resposta logo se fez seguir por parte de um dos missionários: “Mas então nós estamos aqui!” Esta disposição muito impressinou Zinzendorf, que exclamou: “Geens aeterna diese Maehren!” (“Essa raça eterna, esses morávios”!). O conde conseguiu a libertação dos dois pastores, que estavam doentes e padecendo fome. E foi grande a surpresa no tocante à obra do Senhor, que se tornou maior que em Hernnhut. Deus continuava a levantar obreiros, cada vez mais, à medida que os morávios na pequena ilha intercediam diante de Seu tono, sem parar, dia e noite, década após década, durante 100 anos. No ano de 1792, William Carey (considerado o “Pai das Missões”) propõe uma reunião em Kettering, Inglaterra, uma missão para ir à Índia. Nesta época, quando os morávios já haviam enviado 300 missionários, Carey lançou sobre a mesa um exemplar de um periódico contendo as “aventuras” dos morávios, dizendo: “Olhem aqui, vejam os que os morávios já fizeram! Por que não podemos seguir o seu exemplo, e, em obediência a nosso Mestre celestial, sair por todo o mundo e pregar o Evangelho aos pagãos?”.

Os historiadores da Igreja relatam as maravilhas do avivamento do século XVII como o “Grande Despertar” espiritual na América do Norte e na Inglaterra conduzindo dezenas de milhares para Cristo. Uma das figuras principais neste avivamento foi João Wesley, fundador da Igreja Metodista. Mas nem todos sabem que foram os modestos morávios que o ganharam para Cristo. É oportuno lembrar que foi no ano de 1736 quando dois irmãos anglicanos João e Carlos Wesley se encontravam a bordo de um navio a caminho da América e surgiu um terrível furacão ameaçando suas vidas. Eram pastores, mas não convertidos. Apavorados, procuraram alguns morávios que também viajavam com eles. E a calma destes e o espírito de confiança em Deus no meio da tormenta muito impressionaram os dois pastores, os quais não tinham paz na alma.

Pregavam para outros, mas eles mesmos precisavam da certeza da justificação pelo sangue de Cristo. Contudo, somente dois anos depois, em 1738, numa reunião dos morávios em Londres, é que o pastor Peter Boehler foi usado por Deus para levar a plena luz da conversão, do novo nascimento e a conseqüente segurança da fé em Cristo para o jovem João Wesley. Este ganhou seu irmão Carlos para a mesma experiência de fé. E deste modo, pregando a salvação pela fé nos méritos do sacrifício de Cristo, tornou-se um ganhador de almas. Por sinal, a primeira pessoa a quem testificou foi um preso, condenado à morte. Não demorou muito quando João ganhou para Cristo sua idosa progenitora, Susana, mãe de 19 filhos.Os metodistas e os morávios freqüentemente se reuniram para estudo da Bíblia e oração. O grande pregador George Whitfield, companheiro de Wesley, que foi tão grandemente usado por Deus no despertamento da América, recebeu um grande impacto em sua alma pelo contato com os morávios. Acerca de uma dessas reuniões escreveu Wesley em seu diário: “Por volta das três horas da madrugada, enquanto continuávamos em oração, o poder de Deus desceu intensamente sobre nós de tal forma que muitos choraram e muitos caíram no chão. Quando me refiz um pouco daquele grande impacto da presença da Majestade suprema, uníssonos cantávamos: “Nós te louvamos, ó Deus; nós de reconhecemos como Senhor”. O grande líder João Wesley formou o Metodismo, que salvou a Inglaterra da desgraça da Revolução Francesa. Foi o impacto do Espírito Santo e o ensino bíblico que trouxe tão grandes resultados espirituais no oportuno exemplo desses irmãos morávios, inspirando-se na Vigília dos Cem Anos. (A Seara - Ms Lawrense Olson)

8 de maio de 2009

O Evangelho no Alfabeto Chinês?

Os primeiros missionários enviados à China enfrentaram um obstáculo formidável. Eles tiveram de aprender a escrita chinesa. Acostumados a escrever com os alfabetos europeus de aproximadamente 26 letras, eles se assustaram! Descobriram que a escrita chinesa usava um sistema baseado em 214 símbolos chamados “radicais”. Espantaram-se de novo quando souberam que esses radicais – suficientemente enigmáticos por si mesmos – combinavam-se para formar 30 mil ideogramas.

O santo mais paciente teria dificuldade em controlar-se num caso assim! Como um Deus soberano poderia permitir que um povo desenvolvesse um sistema de escrita tão radical? Será que Deus não se importava com o fato de que a escrita chinesa colocava uma barreira praticamente intransponível à comunicação do Evangelho a um quarto da humanidade?

Certo dia, porém, um dos missionários deixou de se queixar. Ele estava estudando um determinado ideograma chinês, que significa “justo”, notando que possuía uma parte superior e outra inferior. A superior era simplesmente o símbolo chinês para “cordeiro”. Logo embaixo do cordeiro havia um segundo símbolo, o pronome da primeira pessoa, “Eu”. De repente percebeu uma mensagem surpreendentemente bem codificada, oculta no ideograma: Eu, que estou debaixo do cordeiro, sou justo!

Ali estava exatamente o centro do Evangelho que ele atravessara o oceano para ensinar! Os chineses ficaram surpresos quando ele lhes chamou a atenção para a mensagem oculta. Jamais a tinham notado, mas uma vez alertados, perceberam claramente. Quando ele perguntou, “sob qual cordeiro devemos estar para sermos justificados?”, eles não souberam responder. Com grande alegria, contou-lhe, então, a respeito do “Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo”, Ap 13.8, o mesmo “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29.

Outro exemplo: o símbolo chinês para barco mostra uma embarcação com oito pessoas dentro. Oito pessoas? A arca de No levou exatamente oito pessoas para um lugar seguro.


O radical que significa “homem” é uma figura desenhada como um Y de cabeça para baixo. O ideograma significando “árvore” é uma cruz com o símbolo do homem superposto a ela! E o símbolo para “venha” exige dois outros símbolos menores para “homem”, colocados de cada lado da árvore, com o homem maior sobreposto a ela. Alguns estudiosos da escrita chinesa afirmam que as duas figuras humanas menores significam coletivamente a humanidade. Caso positivo, o ideograma que significa “venha” parece conter um código que diz: “Humanidade, venha para o homem da árvore”.

Nem todos os pesquisadores concordam sobre a interpretação exata de cada símbolo. Não obstante, os próprios chineses (e muitos japoneses, pois o Japão usa praticamente o mesmo sistema de escrita) ficaram intrigados com as interpretações sugeridas pelos missionários. Mesmo quando as teorias não são conclusivas, a simples discussão sobre elas pode ser suficiente para comunicar a verdade espiritual aos incrédulos. Descobri em minhas pesquisas que muitos pastores chineses e japoneses consideravam o emprego desses vários símbolos como um meio válido de fazer contato com a mente do povo.

Um missionário que voltara da China contou a história de um soldado chinês que se aproximou dele cheio de hostilidade. O missionário desenhou alguns dos símbolos já mencionados em um bloco de papel e apontou seus significados “ocultos”. Os olhos do soldado se arregalaram. “Me falaram”, exclamou ele, “que o Cristianismo era uma religião estrangeira do diabo! Você me mostrou que o sistema de escrita de meu próprio país o prega!" (Dom Richardson - A Seara)

4 de maio de 2009

Os Comissionados

O Senhor comissionou homens e mulheres para o Seu trabalho. Alguns exemplos clássicos:

Isaias: “Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O Senhor me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome. E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na sua aljava. E me disse: Tu és meu servo”, Is 49.1-3a.

Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta”, Jr 1.5. Ester: Por determinação divina, Ester chega ao governo do grande império de 127 províncias, Et 1.1, pois “pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou graça perante ele”, (2.9) o rei. Ester era do povo do Deus; Deus estava com ela. Ester se tornaria num instrumento de libertação a todo o povo judeu no exílio. No auge de consternação e tristeza para o povo judeu, ela ouviu as palavras de Mardoqueu: “E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?”, 4.14.

O Senhor continua comissionando os seus servos - “E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”, Mt 4.19. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”, Ef 4.11.